Na recém-inaugurada loja brasileira da Apple, Michel Teló só perde para Adele
A Apple anunciou nesta terça (13) a abertura da sua loja de músicas e filmes no Brasil, a iTunes Store, com destaque para todo catálogo digital do cantor Roberto Carlos. Nas primeiras horas de atividade da loja, no entanto, o brasileiro que teve atenção dos consumidores locais não foi o Rei, mas sim o sertanejo Michel Teló com “"Ai Se Eu Te Pego". A canção vendida a US$ 0,99 (cerca de R$ 1,80) só perde para a britânica Adele, que aparece na primeira e terceira posição com as músicas mais baixadas no Brasil.
O destaque Roberto Carlos aparece somente na décima posição com “Como é grande o meu amor por você”.
Segundo a Apple, o catálogo digital estreia no Brasil com cerca de 20 milhões de canções brasileiras e internacionais, de grandes gravadoras e também selos independentes. As canções custam em média US$ 0,99 e os filmes US$ 14,99 (cerca de R$ 27,70). Além de Roberto Carlos e Michel Teló, aparecem entre os artistas locais Ivete Sangalo, Marisa Monte, Seu Jorge, Paula Fernandes, Chico Buarque, Maria Rita, Sandy, Maria Bethânia, Ana Carolina e Vitor & Leo.
Como na loja internacional, as músicas podem ser compradas separadamente, por US$ 0,99. O hit “Ai se eu te pego”, de Michel Teló, pode ser baixado por esse preço. O álbum "O Que Você Quer Saber de Verdade" com 14 músicas, de Marisa Monte, pode ser adquirido por US$ 9,99 (cerca de R$ 18,50).
No catálogo internacional, estão bandas como Pearl Jam (apenas algumas músicas do álbum "Twenty" estão disponíveis), Coldplay, Radiohead, Iron Maiden, Poison, Evanescence, além de artistas como Shakira, David Bowie e Amy Winehouse.
Na área de filmes, o grande destaque fica para "Tropa de Elite", tanto a primeira como a segunda versão, que podem ser alugadas separadamente por US$ 3,99 (cerca de R$ 7,40). O "Tropa de Elite 2" pode ser comprado por US$ 19,99 (quase R$ 36,50). Grande parte dos títulos estrangeiros é vendida por um preço menor (US$ 14,99). Além das músicas e filmes, a loja comercializa podcasts, vídeos e áudios acadêmicos.
Além do Brasil, a iTunes Store será trazida para outros 15 países latino-americanos, segundo o comunicado da Apple desta terça. São eles: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru e Venezuela.
Sincronização online
Junto com a loja brasileira do iTunes, a Apple também disponibilizou no Brasil o serviço iTunes Match. Ele, basicamente, permite que o usuário faça o download das músicas compradas no serviço da Apple para qualquer dispositivo que tenha o sistema operacional móvel da Apple, o iOS. Todas as músicas do usuário são sincronizadas na internet com até dez dispositivos.
O serviço ainda permite que músicas adquiridas de forma alternativa ao serviço da Apple possam ser sincronizadas na internet. Mas, para isso, a música do usuário deve, necessariamente, estar no catálogo da iTunes Store. A assinatura deste serviço custará US$ 24,99 (cerca de R$ 46) por ano.
De gerenciador de música a loja
O iTunes surgiu em janeiro de 2001 como o programa para gerenciamento de músicas para Macs, aproveitando a febre do compartilhamento de arquivos digitais pós-Napster, conforme descreve Walter Isaacon, na biografia oficial “Steve Jobs”.
Alguns meses antes, a Apple havia comprado os direitos do software Sound Jam MP, que tinha recursos como busca online de dados de álbuns e criação de listas, que foram incorporadas posteriormente ao programa da Apple. Na ocasião do lançamento do iTunes, Steve Jobs disse que o software estava “milhas à frente” de outros programas de gerenciamento de música.
Pouco mais de um ano após seu lançamento, usuários já tinham feito mais de um milhão de downloads do software. Com a chegada do iPod, tocador de música totalmente integrado ao programa que sincronizava os playlists dos Macs direto no aparelho, o sucesso do aumentou exponencialmente.
Mas o grande salto veio em abril de 2003, quando foi acrescentada às funções do programa a possibilidade de compra de conteúdo digital. Isso permitiria às pessoas adquirirem legalmente músicas a preços reduzidos (US$ 0,99 por canção), que poderiam ser ouvidas de qualquer dispositivo Apple, através de uma só conta, em vez de pirateá-las via softwares de compartilhamento.
Isso agradou – e muito – a indústria musical, que tinha vivenciado uma queda de 9% na venda de CDs em 2002. Jobs participou pessoalmente da negociação com as cinco principais gravadoras e conseguiu que a loja do iTunes estreasse com 200 mil faixas de música. Foram vendidas 1 milhão de canções em apenas seis dias.
Atualmente, além de músicas, também é possível comprar pela loja vídeos, podcasts, audiobooks, filmes, assinaturas, entre outros conteúdos. Até este ano, a loja já tinha cadastrados 225 milhões de usuários ativos.
Por depender de acordos locais sobre direitos autorais, o serviço, até o momento, só estava disponível para usuários na América do Norte, parte da Europa e da Ásia. Para driblar a restrição, usuários fora desses países costumam criar contas internacionais, usando informações falsas de endereço, para ter acesso à loja americana, uma das mais completas. Outra possibilidade era o uso de Gift Cards: cartões que permitem a compra de conteúdo nas lojas estrangeiras sem o uso de um cartão de crédito internacional.
Já foram feitos mais de 10 bilhões de downloads de músicas desde sua criação; a loja está presente em 123 países, segundo a Apple.
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