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Homem é demitido por "estar disponível a novas vagas" em rede social

John Flexman foi demitido por publicar currículo online na rede social profissional Linkedin - Reprodução/The Telegraph
John Flexman foi demitido por publicar currículo online na rede social profissional Linkedin Imagem: Reprodução/The Telegraph

Do UOL, em São Paulo

05/01/2012 18h23

Um trabalhador britânico foi demitido do emprego por manter um currículo online no Linkedin, rede social voltada para profissionais, alegando que estava aberto “a novas oportunidades [de trabalho]”. John Flexman, 34, trabalhava na área de RH (Recursos humanos) do BG Group, empresa de exploração de gás, e entrou com um processo contra a companhia. As informações são do jornal britânico “The Telegraph”.

O problema de John com o BG Group começou durante as férias dele. Enquanto estava nos Estados Unidos, ele decidiu inserir seu currículo no Linkedin. Quando voltou ao trabalho no Reino Unido, ele foi acusado pela empresa de “uso impróprio de redes sociais” e foi chamado para uma espécie de reunião com seus chefes. Ainda durante as férias, ele recebeu uma notificação para que ele apagasse as informações do site.

“Ele [chefe do John] disse para eu remover todos os dados do meu perfil referentes ao BG Group. As únicas informações que eu podia deixar eram os cargos e datas. Eu não achei isso razoável”, disse John.

A companhia alegou que ele desrespeitou a nova política de conflitos de interesse. Segundo o BG Group, alegar em redes sociais que está aberto a novas vagas vai contra as regras corporativas e é algo passível de demissão.

John ainda foi acusado de incluir informações confidenciais da empresa em seu currículo. Um dos "dados secretos" informados é que ele teria reduzido o atrito entre funcionários no ambiente de trabalho.

No entanto, ele alegou que os detalhes de seu currículo estavam disponíveis publicamente nos relatórios anuais da empresa. Além disso, 21 de seus colegas de trabalho, inclusive o seu gerente, tinham deixado em seus perfis no Linkedin a opção “aberto a novas vagas” selecionada.

John Flexman foi demitido em junho e seu processo, no qual ele pede uma indenização milionária, ainda está em andamento. Atualmente, ele trabalha na Buro Happold, uma consultoria de engenharia.