Para especialista em redes sociais, não há saída: vida é mistura dos mundos on e offline
![Campuseiros dormem em barracas e não desgrudam de seu item preferido: o computador - Leandro Moraes/UOL](https://t.i.uol.com.br/tecnologia/2012/02/07/por-uma-semana-os-campuseiros-dormem-em-barracas-e-nao-desgrudam-de-seu-item-preferido-o-computador-1328641982460_615x300.jpg)
“Muitas pessoas estão intoxicadas pela tecnologia sem nem perceber”. A frase “alarmante” à primeira vista é da especialista em mídias sociais e professora Martha Gabriel, que esteve nesta terça (7) na Campus Party para falar de um assunto que, ainda que desconhecido pelo nome, atinge nossas vidas – o cibridismo. Cibri o quê? Acompanhe o texto e descubra o que isso significa.
A “intoxicação tecnológica” a que se refere a pesquisadora pode ser facilmente medida em pequenas situações do nosso dia a dia e não tem uma conotação tão negativa, pois se refere mais à inevitabilidade do uso da tecnologia do que seu excesso nas nossas vidas. “Antes, atender o celular durante um almoço era visto como falta de educação. Hoje, você fica torcendo pra pessoa pegar o aparelho e você ter um pretexto para poder mexer no seu também”, brincou.
Essa não é a única situação que demonstra como nossa vida offline – a das interações no mundo real – está cada vez mais misturada à vida online. Quantas vezes por dia você entra no Google para fazer uma busca? Acessa a internet pelo smartphone enquanto está preso no trânsito? Possui conta em mais de três redes sociais? Todos esses exemplos, citados por Martha durante a palestra, mostram como o ser humano já não está separado do que é “digital”.
É aí que entra o conceito do cibridismo – junção de ciber, prefixo que remete ao controle tecnológico, com híbrido, aquilo proveniente do cruzamento de elementos diferentes. Segundo a pesquisadora, estamos nos tornando “seres cíbridos”: o computador é tão importante quanto nosso cérebro, o acesso à internet é tão essencial quanto nos alimentarmos. “Não somos ainda como Matrix [o célebre filme que mostra a realidade virtual dominando o mundo]. Mas a vida digital está cada vez mais misturada à real”, explicou.
E isso é ruim a ponto de precisarmos de uma desintoxicação, como propõe Daniel Sieberg, “ex-viciado” em tecnologia (acompanhe aqui o relato do canadense)?
Nem tanto, diz Martha, que acredita que a transição seja natural: “Só existe uma vida, uma mistura entre on e offline. Se ela é boa, não há porque mudar seus hábitos.” Em outras palavras, se há qualidade de vida, não é tão relevante se você leva sua vida mais online e menos offline e vice-versa.
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