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Microsoft troca ícones por "blocos" interativos no Windows 8; conheça o sistema

Microsoft trocou os ícones estáticos por "blocos" que atualizam informações em tempo real - Divulgação
Microsoft trocou os ícones estáticos por "blocos" que atualizam informações em tempo real Imagem: Divulgação

Guilherme Tagiaroli

Do UOL, em São Paulo

01/03/2012 12h40

A Microsoft liberou nesta quarta-feira (29) uma versão de testes do sistema operacional Windows 8 – feito para funcionar tanto em computadores convencionais como tablets. O sistema, cujo download é gratuito e está disponível para qualquer um , traz como novidade os “tiles” (blocos) em vez dos tradicionais ícones estáticos. O lançamento oficial do Windows 8 ainda não foi definido pela empresa, mas espera-se que seja ainda em 2012.

Os blocos são mais que ícones, pois além de darem acesso a um aplicativo (não existe mais a ideia de programas no Windows 8, ao menos o nome não é mais utilizado), eles mostram atualizações em tempo real referente ao serviço. Por exemplo: no bloco People (Pessoas) aparecem as atualizações de amigos em redes sociais ou bloco e-mail são mostrados os assuntos das últimas mensagens recebidas.

A reformulação sofrida pelo Windows nesta versão marca a entrada definitiva da Microsoft na computação em nuvem – área em que os concorrentes Apple e Google já entraram de forma mais assertiva com o iCloud e o Google com o Chromebook. O Windows 8 tem até uma interface que lembra o Windows 7 e o Vista, no entanto a maioria dos serviços precisa da internet para oferecerem interação.

Outra pista da guinada para a nuvem da empresa é a “leveza” do sistema. Durante os testes, a reportagem instalou o Windows 8 em uma máquina com  Windows XP, 1 GB de Ram e o processador Pentium D – configurações relativamente antigas, que fariam o Windows 7 rodar lentamente. Isso mostra que para a Microsoft a máquina deixa de ser o fim, mas a plataforma para o usuário acessar  seus dados que estão na internet. Veja abaixo mais algumas novidades do Windows 8:

Tudo na loja de aplicativos

Em vez de ficar procurando programas pela internet, o próprio Windows 8 tem uma loja de aplicativos – que ainda é pobre, diga-se de passagem –, mas com alguns títulos interessantes como o jogo Cut the Rope e o organizador pessoal Evernote. O usuário terá acesso tanto a aplicativos gratuitos como pagos.  A loja está dividida em categorias: jogos, social, entretenimento, fotos, música e vídeo, livros e referências, notícias, entre outras.

Integração de interfaces e contatos

O sistema de navegação do Windows passou a ser horizontal (da esquerda para a direita) com a interface gráfica Metro adotada pela Microsoft. Aliás, a interface, que começou a ser utilizada no player Zune, também figura também nos smartphones com o sistema Windows Phone.

O menu Iniciar, tal como conhecemos, foi preterido do Windows 8. O menu Iniciar é a tela inicial do Windows 8 que mostra todos os blocos de aplicativos

Veja a plataforma Windows 8 em ação

Como no Windows Phone, o Windows 8 tenta unificar os contatos de redes sociais dos usuários. Após fazer login, por exemplo, no Facebook e no Twitter, o perfil passa a receber as atualizações no tile People (Pessoas) – não é mais necessário acessar o site das redes sociais.

Tudo em tela cheia

Outro aspecto que chama a atenção é a sina da Microsoft em querer ocupar todos os espaços da tela. A maioria dos aplicativos procura utilizar toda a área do display disponível. Se for navegar no Internet Explorer, ele vai sempre estar no modo tela cheia; se quiser ver a previsão do tempo (Weather), o usuário vai se deparar com uma imagem enorme representativa de como está o tempo na localidade escolhida e assim acontece com outras aplicações do Windows 8.

Sistema novo, mas com resquícios do antigo

Ao mesmo tempo em que o Windows 8 impressiona pela inovação na disposição dos aplicativos, ele se mostra confuso, pois ele tem uma interface Desktop que é igual a de um computador com Windows 7 ou Vista.

Essa interface não tem o menu Iniciar, mas tem um papel de parede convencional, pastas, atalhos, etc. A provável razão para a empresa manter o “estilo Windows 7” é a forma fácil de administrar arquivos desta forma – apesar de a companhia cada vez mais apostar na nuvem. Talvez a companhia tenha deixado esse modo para quem prefere a forma antiga.

O fato é que os resquícios do Windows 7 incomodam e contrastam muito com toda a ideia do sistema operacional.