Mozilla critica Microsoft por só permitir Internet Explorer em Windows 8 para tablets
A fundação Mozilla, responsável pelo desenvolvimento do navegador Firefox, criticou duramente a Microsoft pelo fato de a companhia americana apenas permitir o uso do Internet Explorer no Windows 8 RT – versão do sistema operacional da Microsoft que vai rodar em tablets com processador ARM. No comunicado, divulgado nesta quarta-feira (9), a Mozilla chega a classificar a decisão como “volta à idade das trevas”.
“O Windows para plataforma ARM proíbe qualquer navegador no ambiente ‘clássico do Windows’ que não seja o Internet Explorer. Na prática, isso significa que apenas o Internet Explorer poderá funcionar em diversas funções de computação avançadas vitais em browsers modernos em termos de velocidade, estabilidade e segurança, que os usuários já estão acostumados”, informou Harvey Anderson, conselheiro geral da Mozilla , em post no blog oficial da companhia (em inglês).
O sistema Windows 8, da Microsoft, ainda não foi lançado oficialmente. A Microsoft apenas liberou versões para teste do sistema operacional. Apesar de não estar confirmada a data de lançamento, é provável que o sucessor do Windows 7 passe a ser vendido até o fim do ano. Segundo a “Bloomberg”, o sistema começará a ser vendido em outubro – da mesma forma que o Windows 7 em 2009.
A decisão da Microsoft, segundo a Mozilla, restringe a liberdade de escolha do usuário, reduz a competição e ainda não incentiva a inovação. “Por permitir que apenas o Internet Explorer execute funções avançadas, quaisquer outros navegadores estão efetivamente excluídos da plataforma. Isso importa tanto para usuários de tablets de hoje e os de PC de amanhã.”
Em comunicado à imprensa, o Google também expressou as mesmas preocupações de tolhimento de liberdade de escolha dos usuários. “Nós compartilhamos das reclamações apresentadas pela Mozilla sobre o Windows 8. Nós sempre recebemos bem a inovação no ambiente de navegadores entre todas as plataformas e acreditamos que tendo bons competidores nos fará trabalhar mais duro para superá-los”, disse a companhia que desenvolve o Google Chrome para o site de tecnologia americano “Cnet”.
Em 2009, a Microsoft foi acusada pela União Europeia de práticas monopolistas por “desequilibrar o mercado dos navegadores de internet”. Instituições jurídicas do bloco econômico argumentavam que a companhia “desequilibra o mercado dos navegadores de internet ao associar o Internet Explorer ao sistema operacional Windows.”
Essa associação entre o Windows e o Internet Explorer fazia com que o navegador da Microsoft tivesse vantagem de distribuição sobre seus concorrentes.
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