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Serviços antifurto integrados a processadores da Intel inutilizam notebook remotamente

Ana Ikeda

Do UOL, em São Paulo

25/09/2012 13h40

Quem já perdeu ou teve um notebook roubado sabe que, além do prejuízo, fica a sensação de que quase nada pode ser feito para reaver aquele bem. O cenário pode ser diferente, porém, com a chegada de novas tecnologias antifurto. A Intel, em parceria com empresas de segurança, apresentou nesta terça (25) seu recurso antirroubo integrado ao processador: ela não depende do sistema operacional para funcionar e pode inutilizar a máquina remotamente.

A decisão de a empresa em integrar a tecnologia antifurto no seu hardware, segundo Fernando Martins, presidente da Intel, ocorre pela importância crescente da preocupação com segurança. “Em um cenário com cada vez mais dispositivos, a segurança deles já é tão importante quanto, por exemplo, a sua conectividade”, destacou.

O diferencial dos serviços antirroubo apresentados em parceria com a Absolute, McAfee e Symantec, explicou Wanda Linguevis, gerente de produto do Ultrabook na América Latina da Intel, é que a solução de segurança é parte integrante do hardware. “Ela impede, por exemplo, a reinstalação do sistema na máquina roubada”, diz Wanda, acrescentando que há ainda recursos que fazem a própria máquina identificar que foi roubada. “Várias tentativas erradas de inserção de senha ou um tempo prolongado sem uso podem já iniciam medidas de proteção ao computador.”

"Pílula de veneno"

Uma delas é apelidada de “pílula de veneno” – algo como um quase suicídio do computador roubado. Nesse caso, o computador se “autoinutiliza”, deixando os dados salvos, porém impossíveis de serem acessados por estarem protegidos por criptografia. A máquina, uma vez bloqueada, torna inúteis ações como a reinstalação do sistema, troca de disco rígido e até mesmo atualização da BIOS. Se por acaso o computador roubado for recuperado, o dono poderá "reativá-lo" online com uma senha especial.

  • Ana Ikeda/UOL

    Tela de ultrabook bloqueado remotamente mostra a mensagem "Equipamento roubado"; ao ser bloqueada, máquina não pode mais ser usada até que o dono insira online uma senha especial

Essa tecnologia, explica a Intel, não é exclusiva para ultrabooks; está disponível para máquinas que usem processadores da 3ª geração da fabricante. Para começar a usá-la, no entanto, é necessário registrar o dispositivo online e escolher um dos serviços a seguir.

Pela Intel, o serviço antifurto é encontrada em ultrabooks da Asus e Sony. Há um período de utilização gratuita de 90 dias. Depois, caso queira continuar o uso, a pessoa deverá pagar uma assinatura de R$ 50 ao ano.

Como usar

Ter computador com chip de terceira geração da Intel com antirroubo
Fazer o registro online da máquina para ativar o serviço
Configurar as preferências pela Web ou software instalado na máquina

Usuários de outras marcas podem usar os serviços Absolute Computrace LoJack para laptops (assinatura a partir de R$ 65 ao ano), McAfee Anti-Theft (a partir de R$ 79 a licença de um ano) e o Norton Anti-Theft (a partir de R$ 69 ao ano). Algumas das licenças preveem a proteção de mais de um dispositivo.

Essas soluções, além de travar o computador roubado e permitir até que o usuário apague os dados remotamente, rastreiam a possível localização da máquina. A forma de rastreamento varia de acordo com as tecnologias presentes no computador comprado, mas podem ocorrer por meio de triangulação de Wi-Fi, 3G ou GPS. Outro recurso do software é capaz de capturar uma foto pela webcam da máquina, auxiliando na identificação do local onde a máquina está ou de quem a roubou.

No entanto, para esses recursos funcionarem, é preciso que o computador ao menos esteja  ligado. Sem bateria ou desligado, fica impossível usar a tecnologia antifurto.