Ultrabook Acer S5 tem áudio de cinema e recurso de "Transformers"; veja teste

A Acer caprichou tanto em seu ultrabook Aspire S5 que não bastou colocar nas prateleiras o modelo mais fino do mercado (até o fechamento desta reportagem, pelo menos). O portátil, por exemplo, retorna à vida a partir do modo hibernar em seis segundos, tem bateria com boa duração em uso (cinco horas em funcionamento pleno) e excelente autonomia em stand by (80 dias, de acordo com a fabricante; os testes duraram três semanas). Mas tudo isso fica em segundo plano por causa de um simples botão, colocado no canto direita superior do notebook.

A tecla Magic Flip é um dos maiores e mais divertidos atrativos do excelente S5. Parece uma bobagem -- e é uma bobagem --, mas fisga o usuário e, de quebra, empresta um ar de “Transformers” ao ultrabook. Ao acionar o botão, o computador se remodela.

Em sua parte traseira, abre um compartimento que o torna levemente mais alto. Ao mesmo tempo, são liberadas conexões USB e HDMI, que ficam normalmente escondidas dentro da base da máquina.

Tudo isso em meio a uma espécie de convulsão do computador, que começa a tremer e a fazer um barulho digno de grandiosa ficção científica futurista dos cinemas (ok, ou de um mero carrinho de fricção dos anos 80).

O pé cinematográfico do ultrabook não para por aí. Além do excelente conjunto de hardware que garante o desenvolvimento de tarefas robustas e divertidas (como edição de imagens e de vídeos), o equipamento conta com sistema Dolby Home Theater v4, que oferece som de cinema para ouvir músicas e assistir a filmes, com realces em batidas, tom graves e melodias mais agudas. A tela é de 13 polegadas e bastante cumpridora, oferecendo qualidade em coloridos e com definição de ponta.

Esses recursos se portariam bem sozinhos. Entretanto, o S5 é vendido ainda com diversos softwares multimídia que facilitam as ações do usuário quando o assunto é assistir a filmes ou ouvir músicas (além de trazer o pesado sistema de proteção McAfee Internet Security). Os ótimos clear.fi Media e clear.fi Photo permitem que se assista a conteúdo multimídia diretamente de outros computadores em rede, de forma simples e à distância de um clique.

O sistema parrudo de hardware (processador i5, com 4 GB de RAM, 128 GB de SSD, que acelera a inicialização do sistema operacional Windows 7 Home Premium de 64 bits) casa direitinho com o preço gordo do aparelho (R$ 4.450).

O conjunto trabalha perfeitamente com a interface - o teclado conta com botões espaçados e é bastante fácil de se acostumar, enquanto o touchpad se porta ne medida: nem leve, nem duro demais.

Além do custo elevado, outro ponto negativo do equipamento é seu design sisudo demais. As bordas da tela são grossas.

A carcaça, em preto, não mostra novidades quando o assunto são suas linhas (arredondadas e um tanto lúgubres). A falta de um drive de CD ou DVD - sim, um dos problemas originais dos ultrabooks - continua incomodando para a instalação de alguns softwares, já que, ainda, muitas vezes é uma das principais e mais fáceis formas de levar conteúdo até um computador.

Todos esses pontos negativos incomodam e podem, até, ser empecilhos para se adquirir o ultrabook – desde que o usuário não chegue perto do Magic Flip. Meia dúzia de pressionadas no botão fazem qualquer um esquecer os problemas e desejar, imediatamente, levar a máquina para casa.