Após livro polêmico, cofundador da Microsoft supostamente fez as pazes com Bill Gates

A Microsoft teve dois fundadores: Bill Gates e Paul Allen. Este último, menos conhecido, escreveu um autobiografia no ano passado falando de como ele foi sendo afastado do comando da companhia por Gates. No entanto, em uma nova edição do livro, Allen dá sinais de que ele e seu antigo parceiro de empresa fizeram as pazes.  As informações são do site “GeekWire”, que teve acesso a nova edição do livro prevista para ser lançada nesta semana nos Estados Unidos.

No epílogo de uma nova edição do livro “Idea Man: A Memoir by the Co-founder of Microsoft” (No Brasil, o título é “Paul Allen: O homem por trás do mito”),  Paul Allen comenta que alguns de seus companheiros antigos de trabalho disseram que ele “não colocou a companhia em luzes favoráveis”, mas, no fim das contas, quase todos superaram as críticas feitas.

Além disso, Allen comenta que após sua mãe ter falecido, no mês de junho, Bill Gates entrou em contato desejando condolências e dando sinais de que gostaria de retomar a amizade. “Eu acredito que nós seremos amigos novamente. A história que nós compartilhamos é mais poderosa que qualquer coisa que houve entre a gente”, escreveu Allen no epílogo.

O motivo da polêmica

Ao lançar sua autobiografia em abril de 2011, Paul Allen contou alguns capítulos obscuros da Microsoft. O autor, inclusive, chegou a citar que se sentiu traído por Gates, na época em que ambos trabalhavam na companhia – atualmente, Gates dedica-se à sua instituição caridade, enquanto, Allen é investidor e dono de equipes esportivas nos Estados Unidos.

Um dos pontos mais duros do livro é quando ele cita que Gates e Steve Ballmer (atual diretor-executivo da Microsoft) queriam tirá-lo do cargo de direção por não estar “trabalhando o suficiente”. Na época, Allen estava tratando um câncer.

“Eu ajudei a criar a companhia e ainda era um membro ativo, mesmo sofrendo com a doença. De repente meus colegas estavam querendo me tirar de jogo. Foi oportunismo puro e mercenário”, escreveu Paul Allen, no livro.

Ainda segundo sua biografia, quando retomou completamente as atividades na empresa, Allen recorreu a Gates para tentar aumentar sua participação nos lucros. O pedido foi recusado:

“Naquele momento, algo morreu para mim. Eu achava que nossa parceria era baseada na lealdade, mas vi os interesses de Bill haviam passado por cima de tudo. Meu sócio pretendia ficar com o maior pedaço da torta que pudesse agarrar e isso era algo que eu não podia aceitar.”