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Com resolução até 16 vezes maior que Full HD, novas TVs desafiam olho humano

Protótipo da Sharp com resolução 8K, 16 vezes maior que a de um aparelho Full HD. A imagem é tão nítida, com cores tão vivas, que chega a ser hiper-realista: nossos olhos nunca veriam "ao vivo" uma cena assim - Júlio César Guimarães/UOL
Protótipo da Sharp com resolução 8K, 16 vezes maior que a de um aparelho Full HD. A imagem é tão nítida, com cores tão vivas, que chega a ser hiper-realista: nossos olhos nunca veriam 'ao vivo' uma cena assim Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Ana Ikeda

Do UOL, em Las Vegas (EUA)

10/01/2013 21h02

Ultrafinas, conectadas à internet, com controle remoto inteligente e tecnologia 3D. Características que antes eram consideradas “de ponta“ em TVs ficam agora em segundo plano, diante da tecnologia 4K ou UHDTV (algo como ultra-alta definição). Só na CES 2013, feira de tecnologia em Las Vegas que chega ao fim nesta sexta-feira (11), cerca de 50 novos modelos foram apresentados – a maioria deles, sem data de lançamento ou preço definido.

Apesar de tanta qualidade de imagem -- que muitas vezes acaba causando um efeito de hiper-realidade, até exagerado --, os fabricantes ainda buscam outros recursos para fisgar o consumidor. Entram nessa lista espessura fina e design extravagante. 

Antes de tudo, é preciso entender que estamos tratando aqui de uma resolução muito, muito alta. Os aparelhos 4K têm 3.840 pixels x 2.160 pixels (minúsculos pontos que juntos formam a imagem na tela) ou resolução quatro vezes maior que um aparelho Full HD (1.920 pixels x 1.080 pixels), encontrado atualmente nas lojas. Haja pixel.

Se ao ler isso você desanimou com aquela TV de alta definição que tem em sua sala, saiba que a situação fica ainda mais grave. Também na CES foram exibidos protótipos de TVs com 8K: elas têm 7.680 pixels × 4.320 pixels, uma resolução 16 vezes superior ao tal aparelho Full HD.

Um desses modelos, da Sharp, foi visto de perto pelo UOL Tecnologia. A imagem é tão estupidamente nítida e com cores tão vivas que chega a ser hiper-realista: nossos olhos nunca veriam “ao vivo” aquela mesma cena que aparece na telona da televisão.

Embora a tecnologia da ultradefinição seja impressionante, o “excesso de resolução” tem um limite – ou melhor, nossos olhos têm um limite. Em alguns casos, o olhar humano pode não processar essa “ultramegablaster” concentração de pixels. Além disso, esses mesmos aparelhos que exibem imagens 4K também podem mostrá-las em 3D, um recurso não muito confortável depois de algumas horas.

Destaques
Com esses “obstáculos”, as fabricantes têm de se desdobrar para criar aparelhos que chamem a atenção não só pela resolução. A Panasonic, por exemplo, saiu na frente com um televisor UHDTV de 56 polegadas finíssimo: tem apenas 12,7 mm de espessura (o iPhone 5, para comparação, tem 7,6 mm). O modelo, ainda protótipo, pesa cerca de 12 kg ou metade dos aparelhos concorrentes.

Outra TV que se sobressai no mar dos aparelhos 4K é a Samsung S9, com moldura vazada bastante estilosa, que serve como sistema de som. Um tanto extravagante, o design pode não agradar a todos os consumidores, mas ao menos diferencia o modelo da fabricante sul-coreana. O modelo que será vendido no mercado em 2013 (ainda sem preço nem data definidos) será o de 85 polegadas. Na CES 2013 havia outros tamanhos, ainda protótipos, imensos: 110 polegadas e 95 polegadas.

Já a Sharp adicionou ao seu televisor 4K a tecnologia Moth Eye (algo como “olho de mariposa”), presente na série de TVs de LED Aquos. Ela faz com que a interferência da luz ambiente seja menor na tela do aparelho – assim você vê menos reflexos, principalmente nas cenas escuras. O modelo, de 70 polegadas, chega ainda em 2013 ao mercado. O preço não foi divulgado.

Para contornar o problema do conteúdo de ultrarresolução ainda escasso (o custo de produção desses vídeos ainda é alto), os aparelhos da Toshiba e da Sony vêm com um sistema capaz de “transformar” imagens menores em 4K. Para dar conta da tarefa, a série de Toshiba Cevo L9300 vem com processador quad-core. Os aparelhos serão vendidos nos tamanhos de 58, 65 e 84 polegadas.

A Sony tem tanto aparelhos LED como Oled (com maior nível de contraste do que a LED). O modelo KD-84X9005 é  vendido por US$ 25 mil (cerca de R$ 50 mil) nos Estados Unidos; o preço sugerido no Brasil é de R$ 100 mil (sob encomenda nas lojas Sony Store). As TVs de 56 polegadas (um Oled ainda protótipo) e de 65 polegadas (XBR-65X900A) chegam ao mercado em 2013 e não tiveram preço estabelecido.

Completam a turma do 4K os aparelhos da LG. Além da TV de 84 polegadas (LM9600), já vendida no Brasil por R$ 45 mil, chegam ao mercado em 2013 os tamanhos de 65 e 55 polegadas, com o Magic Remote.

O controle remoto ganhou um aperfeiçoamento no controle por voz -- agora a tecnologia está no controle remoto, não na TV. Dessa forma, mesmo que haja outra pessoa na sala falando, o usuário consegue operar a TV via comando de voz sem interferência. A empresa não divulgou a data exata de chegada em 2013 dos modelos novos, nem preços.