Sem sinal no celular? Gadget promete turbinar capacidade da antena do seu aparelho

Ligações que caem e internet móvel incapaz de abrir uma simples página de internet: quem usa smartphone no Brasil conhece bem esses problemas de sinal. E se antigamente valia colocar até palha de aço na antena da TV para conseguir imagens melhores, hoje é possível fazer algo parecido pelo seu celular. O Sleek 4G, demonstrado na CES 2013, promete aumentar a recepção do sinal em lugares onde ele é quase inexistente. A feira de tecnologia realizada em Las Vegas chega ao final nesta sexta-feira (11).

Fabricado pela Wilson, o Sleek 4G tem duas peças: uma pequena antena com base magnética, que pode ser presa no teto do carro ou em uma janela de casa, além de um dock onde deve ser colocado o smartphone. Quando o aparelho é ligado a uma fonte de energia, a antena externa passa a captar melhor o sinal do que a antena embutida no celular. Segundo o fabricante, sua recepção é 20 vezes maior.

Em uma demonstração acompanhada pelo UOL Tecnologia, foi usada uma caixa para simular as condições encontradas, por exemplo, em um estacionamento subterrâneo ou no elevador.

A força do sinal fora da caixa era de -84 dBm(decibel miliwatt) – quanto mais próximo de zero, melhor o sinal. Quando foi colocada nessa caixa para piorar o sinal, o valor passou para -120 dBm. Depois, ao ligar o Sleek 4G, chegou a -64 dBm: melhor que a do início do teste. O sinal mais “forte” serve tanto para rede celular como a de internet (2G, 3G e 4G).

De acordo com Jonathan Bacon, diretor de marketing da Wilson, quem quiser comprar o “potencializador” de sinal deve ficar atento à frequência da banda com a qual ele é compatível -- nenhuma delas, por exemplo, segue o  padrão de internet móvel 4G no Brasil, que será de 2.500 Mhz.

Nos Estados Unidos, o Sleek 4G é vendido por US$ 199 (cerca de R$ 400). “Seria possível levar o dispositivo para o Brasil por um preço até menor”, arrisca Bacon, dizendo que parcerias locais são bem-vindas.  “Precisamos estudar melhor a rede celular de vocês”, afirmou. Enquanto isso não acontece, ficaremos com os malabarismos – perto da janela, fora do carro, saindo do prédio – para conseguir sinal mais forte.