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Europeus suspeitos de roubar US$ 50 milhões com "vírus bancário" serão julgados nos EUA

O vírus "Gozi" é capaz de infectar PCs por meio de arquivos em PDF. Assim que o usuário se conecta à conta bancária, as informações de login e senha eram enviadas remotamente a servidores da quadrilha - Getty Images
O vírus "Gozi" é capaz de infectar PCs por meio de arquivos em PDF. Assim que o usuário se conecta à conta bancária, as informações de login e senha eram enviadas remotamente a servidores da quadrilha Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

24/01/2013 13h45

Três pessoas foram indiciadas em Nova York, nos Estados Unidos, pela participação em uma operação internacional de roubo de dados bancários que causou prejuízo de US$ 50 milhões (cerca de R$ 101 milhões). O esquema infectava as máquinas com um vírus chamado “Gozi”, que pode ter afetado milhares de computadores mundialmente.

De acordo com o FBI, polícia federal dos Estados Unidos, a investigação que levou dois anos e meio para ser concluída levou ao indiciamento de três cidadãos do Leste Europeu: o russo Nikita Kuzmin, 25, o romeno Mihai Paunescu, 28, e Deniss Calovskis, 27, da Letônia.

Os três suspeitos são acusados de fraude bancária, acesso não-autorizado a dispositivos e invasão de computadores, segundo o “Mashable”. As penas máximas para esses crimes vão de 60 a 95 anos de prisão.

Roubo "remoto"

O vírus “Gozi” pode ter infectado, segundo o FBI, ao menos 1 milhão de computadores no mundo – 40 mil só nos Estados Unidos. Como resultado, US$ 50 milhões podem ter sido roubados das vítimas, estima a autoridade americana.

O "Gozi", criado por Kuzmin, é capaz de infectar PCs por meio de arquivos em PDF. Assim que o usuário se conecta à conta bancária, as informações de login e senha eram enviadas remotamente a servidores da quadrilha.

Como evidência, o FBI encontrou na Romênia 51 servidores, além de laptops, desktops e HDs externos usados pela quadrilha. No total, os esquema de roubo de dados bancários movimentou 250 terabytes de dados.

Segundo a “BBC”, Kuzmin se declarou culpado das acusações em 2011 e colaborou com a investigação que levou à prisão de Paunescu e Calovskis. Os dois aguardam o processo de extradição aos Estados Unidos, onde serão julgados em Nova York.