'Curtir' do Facebook pode revelar idade, religião e até orientação sexual do usuário, diz estudo
Um estudo divulgado nesta semana indica que o “curtir” do Facebook pode revelar diversas informações pessoais, como idade, sexo, orientação sexual, religião, uso de substâncias químicas e até mesmo a separação dos pais. A pesquisa realizada por especialistas da Universidade de Cambridge e publicada na “PNAS” tem como base o perfil de 58,5 mil voluntários, que deram entre um e 700 “curtir” na rede social mais popular do mundo – a média era de 68 “likes” por pessoa.
Taxa de acerto do estudo
Raça: 95% |
Sexo: 93% |
Orientação sexual (homens) : 88% |
Orientação política : 85% |
Religião: 82% |
Orientação sexual (mulheres) : 75% |
Uso de substância viciante: 73% |
Status do relacionamento: 65% |
Separação dos pais: 60% |
“As pessoas podem escolher não revelar algumas informações sobre suas vidas, como idade ou preferência sexual, mas esses dados podem ser previstos com estatísticas relacionadas a outros aspectos que divulgam”, diz o estudo liderado por Michal Kosinski, diretor do centro de psicometria (processos e métodos de medida usados em estudos de psicologia) da Universidade de Cambridge.
As informações coletadas pelo Facebook foram comparadas com os resultados de um teste de personalidade ou uma pesquisa online. No caso de orientação sexual, as respostas foram confrontadas com aquelas divulgadas pelo próprio usuário no Facebook (portanto, baseadas na sexualidade que elas assumem).
Nem todos os mais de 58 mil voluntários participaram de todas as categorias: 52,7 mil foram avaliados no critério idade, 57,5 mil em sexo, 46 mil em status de relacionamento e 18,8 mil em religião.
Descobertas
O modelo empregado no estudo, baseado somente no que os internautas curtiram, apresentou acertos de até 95% , segundo os pesquisadores. A maior taxa de sucesso foi para a raça dos voluntários (95%), seguida por sexo (93%), orientação política (85%) e religião (82%). A orientação sexual foi correta entre 88% dos homens e 75% das mulheres, indicando que há mais diferenças de comportamento entre os homens heterossexuais e homossexuais do que no caso das mulheres.
No caso de status de relacionamento e uso de substâncias viciantes (álcool, cigarro e drogas), a porcentagem de acerto foi considerada boa: 65% e 73%, respectivamente. A taxa mais baixa, com 60%, foi aquela que determinou se os pais do internauta eram ou não separados.
Apesar das taxas de acerto, continua a pesquisa, poucos atributos estavam diretamente ligados aos “likes” dos voluntários. Entre os gays, menos de 5% estavam explicitamente associados a grupos como “Being Gay” (sendo gay), “Gay Marriage” (casamento gay) ou “I Love Being Gay” (amo ser gay). “Consequentemente, as previsões baseiam-se em ‘curtir’ menos informativos, mas mais populares, como ‘Britney Spears’ e [a série] ‘Desperate Housewives’, que são indicadores moderados da preferência sexual”, afirma.
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