Smart TV: saiba como escolher sua televisão com internet e aplicativos
Depois da onda do 3D e das telas de alta resolução, as televisões inteligentes – ou Smart TVs – já despertam o interesse de consumidores que estão pensando em comprar um aparelho novo. E muitas dúvidas também. Com o recurso, dá para acessar a internet do conforto do sofá da sala, mas isso não significa que a televisão vá substituir seu computador ou smartphone. Especialistas explicam ainda que outros fatores, entre eles o tipo de conexão e a plataforma, devem ser considerados antes de comprar a Smart TV.
Smart TV: dicas antes da compra
Considere a compra de uma Smart TV se você quer acessar a internet na ‘telona’ para usar redes sociais, assistir a filmes online, ler e-mails, navegar em sites, jogar e usar aplicativos especiais |
Comece a sua escolha como sempre: pelo tamanho da tela. Considere o tamanho da sala onde a TV será instalada, para não escolher um tamanho grande demais para um local pequeno e vice-versa |
Tenha em mente ainda qual tecnologia de tela você prefere (LED, LCD, 3D, Plasma), o design dela (fina, ultrafina, com ou sem moldura) e a resolução (HD-Ready, Full HD ou UltraHD). |
Fique atento ao tipo de conexão de internet da TV. Modelos antigos usam cabo de rede; mais novos dependem de receptores Wi-Fi externos ou vêm com eles embutidos |
Cada fabricante tem sua própria plataforma de navegação na internet. Algumas restringem acesso a sites e aplicativos; outras permitem acesso livre a sites e permitem baixar apps |
Veja se há itens extras, como câmera, controle remoto inteligente, controle por voz ou por gestos, óculos 3D, recursos de áudio, etc. |
Alexsandro Possamai, gerente de TV e som da Fnac Brasil, diz que o grande ganho das Smart TVs é a possibilidade de levar a internet para dentro da televisão. “Você vai poder ligar pelo Skype, usar o Facebook, assistir a filmes online. Tudo o que você gosta de usar de forma individual, agora você pode dividir também com a família”, diz.
Além do acesso à internet, as Smart TVs vêm com aplicativos de entretenimento e serviços interativos. Com eles, dá para acessar serviços como banco pela internet, comprar passagens aéreas, pedir entrega de comida, além de ouvir músicas, ler e-mails, jogar – tarefas comuns que fazemos em computadores, smartphones e tablets.
Mesmo com todas essas possibilidades as televisões inteligentes não substituem esses aparelhos. O foco do acesso à internet é o entretenimento, e não a produtividade, como fazer planilhas e gráficos.
O importante, ressalta Possamai, é que o consumidor veja a Smart TV como um recurso a mais nos televisores. “O usuário ainda tem de procurar o melhor conjunto de recursos que deseja, porque durante a compra todas as características 'tradicionais' ainda valem, como tamanho e tipo de tela, resolução e design do aparelho”, diz.
Os preços dos aparelhos variam bastante: um modelo de 32 polegadas custa em média R$ 1.000; já um televisor de 84 polegadas pode sair por até R$ 100 mil.
Por onde começar
Segundo os especialistas, o principal filtro de compra da Smart TV ainda é o tamanho da tela (ela pode variar de 32 polegadas a até 84 polegadas). Portanto, é preciso levar em consideração o local onde o aparelho será instalado, para não escolher uma TV grande demais para uma sala pequena ou o contrário. Tenha em mente ainda qual tecnologia de tela você prefere (LED, LCD, 3D, Plasma), o design dela (fina, ultrafina, com ou sem moldura) e a resolução (HD-Ready, Full HD ou UltraHD).
Ao escolher o tamanho da tela, o usuário já terá ideia da faixa de preço dos aparelhos. Porém, o valor de um mesmo televisor pode variar ''até 69,59% de uma loja para outra'', segundo Leonardo Oliveira, especialista de produtos do Zoom, site que compara preços. Portanto, o consumidor deve ter atenção redobrada ao pesquisar aparelhos à venda.
Em seguida, é preciso escolher o tipo de conexão de internet. As Smart TVs mais antigas, por exemplo, têm apenas conexão via cabo de rede (RJ 45). A geração intermediária, chamada de “Wi-Fi Ready”, traz a possibilidade de conexão sem fio, mas com uso de um receptor (semelhante a um modem 3G). Nesse caso, nem sempre o dispositivo é vendido junto com a TV; em alguns casos, ele deve ser solicitado à fabricante, que enviam o receptor gratuitamente. Em outros, deve ser comprado separadamente. Já as TVs da geração 2013 trazem o receptor Wi-Fi embutido.
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Outro ponto importante é que a plataforma usada para operar as Smart TVs varia de acordo com cada fabricante, assim como no caso de smartphones e tablets, por exemplo, que têm diferentes sistemas operacionais. Modelos de gerações mais antigas têm limitações, como navegação restrita a sites escolhidos pela fabricante e a impossibilidade de instalar aplicativos (além daqueles que vieram ‘de fábrica’ na TV). Nos aparelhos mais novos, a navegação é livre e o usuário pode instalar os aplicativos que desejar – mas o número de softwares disponíveis varia conforme cada fabricante.
Depois disso, a escolha do aparelho recai em recursos “adicionais” oferecidos pela fabricante. O principal atrativo é o controle remoto inteligente. Fabricantes como a LG, por exemplo, transformaram o item em mouse: um cursor ajuda a operar a tela e funciona como um controle de Wii, que captura os movimentos. Já a Samsung adicionou controle por voz e gestos aos seus aparelhos. Falar com a TV ou usar movimentos com as mãos substituem algumas funções do controle remoto físico. É comum ainda que o controle tenha em sua parte traseira um pequeno teclado QWERTY para facilitar a digitação – um teclado virtual também aparece na tela das TVs.
TV velha fica "inteligente''?
Quem comprou recentemente um televisor tela plana não vai querer necessariamente trocar de aparelho só para poder acessar a internet na ''telona''. É possível transformar essas TVs em “grandes monitores”, conectando à televisão um notebook ou console de videogame, como Xbox e PlayStation, desde que o aparelho tenha a entrada específica para cada caso.
Isso, no entanto, não vai transformar a televisão tela plana da sua casa em uma Smart TV, dizem os especialistas. “Não dá para comparar o uso da internet pelo Xbox ou Playstation com a Smart TV. É uma usabilidade limitada, enquanto no segundo caso há uma liberdade maior e mais aplicativos”, compara Possamai.
“Não recomendaria esse tipo de artimanha. É como transformar a TV em um monitor. E em tudo que o usuário precisar mexer, vai depender do console”, completa Oliveira.
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