JMJ: turistas estrangeiros julgam ''ruins'' serviços de telefonia e internet durante evento
Um levantamento divulgado nesta quinta (1º) pelo Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo) mostrou que, durante a Jornada Mundial da Juventude, três em cada dez turistas estrangeiros consideraram os serviços de telefonia e acesso à internet ruins ou péssimos. Foi o quesito com a pior avaliação, conforme o instituto, seguido por limpeza pública (13,3%).
“As críticas giram em torno da dificuldade de acesso à rede e aos custos desse serviço”, explicou Flávio Dino, presidente da Embratur. Segundo ele, a solução para esse problema passa fundamentalmente pelo aumento de investimentos. “Não tem outra saída. As empresas estão perdendo usuários e dinheiro por não investirem em melhorias”, concluiu.
Jornalistas do UOL contam sua visão da jornada
Durante oito dias, equipes de reportagem do UOL Notícias que ficaram imersas na cobertura da Jornada Mundial da Juventude reuniram impressões e observações das mais diversas.
Foi um período de convívio com os peregrinos, seguindo de perto a agenda do pontífice e acompanhando as principais consequências do encontro para o morador do Rio de Janeiro.
Na Copa das Confederações, torcedores também haviam relatado dificuldades em acessar os serviços de telefonia e internet. Na ocasião, as operadoras informaram ter registrado picos de ligações e congestionamentos.
Segundo o ministro, o papel da Embratur é clarear, para o governo e para o mercado, o que precisa ser melhorado. “E essa temática da competitividade continua atual. Essa questão só não apareceu tão evidente na JMJ [Jornada Mundial da Juventude] porque o perfil era de um público que usou hospedagem alternativa e que recorreu à alimentação oferecida pelo próprio evento”, explicou.
“O país precisa de uma agenda de regulação e fiscalização dessa questão”, defendeu Dino. Além do monitoramento de preços, o presidente da Embratur defendeu mais investimentos e incentivos. “O turismo é um setor que responde muito rápido. Este ano, o governo anunciou a isenção de equipamentos para parques temáticos e isso já impactou nos preços. Com mais financiamento, crédito e desoneração, o setor vai crescer mais e reduzir os preços”, concluiu.
Os itens com melhor avaliação foram sinalização no Rio de Janeiro (79,4% responderam ótimo e bom), aeroportos (76,5%) e segurança pública (73,2%). Em relação aos preços, um em cada três turistas considerou caro os serviços de telefonia e acesso à internet. De acordo com a pesquisa, os serviços turísticos que tiveram o maior número de críticas foram câmbio (30,1% avaliaram como ruim e péssimo) e menus em outras línguas (29,3%).
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