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Óculos da Sony propõem "imersão" em tela de cinema, mas peso atrapalha

O HMZ-T3W se conecta a uma bateria com duração de até sete horas, onde são plugados os cabos HDMI das fontes de conteúdo (computador, celular ou videogame, por exemplo) - Divulgação
O HMZ-T3W se conecta a uma bateria com duração de até sete horas, onde são plugados os cabos HDMI das fontes de conteúdo (computador, celular ou videogame, por exemplo) Imagem: Divulgação

Juliana Carpanez*

Do UOL, em Berlim (Alemanha)

10/09/2013 18h34

O estande da Sony na feira de tecnologia IFA 2013, realizada até quarta-feira (11) em Berlim, tem uma fila constante de interessados em testar os novos óculos HMZ-T3W. Apesar de os expositores não limitarem o tempo de uso por pessoa, a espera é rápida: em geral, o público não vai muito além dos três minutos com o acessório na cabeça.  

Pode se tratar de uma questão de educação com aqueles que ainda aguardam na fila. A hipótese mais provável, no entanto, é que os usuários não consigam passar muito tempo equilibrando na cabeça esse acessório – que, chamado de óculos, está mais para um capacete.

Expositores ajudam o público a prender o HMZ-T3W à cabeça, e um funcionário do estande aconselhou a reportagem a segurar o aparelho com as mãos (prova de que 320 gramas é muito peso para a cabeça). Passada a fase da “montagem”, o que se vê é a imagem de uma telona sobre um fundo preto.

O fabricante afirma que a sensação equivale à de uma tela de cinema com 750 polegadas e 20 metros de distância. Mas a escuridão só se faz presente ao lado e sobre a telona, enquanto na parte de baixo o usuário consegue visualizar o ambiente real. Isso, obviamente, atrapalha a experiência de “imersão no mundo do entretenimento portátil” proposta pela Sony.

Em um cenário surreal, seria como se apenas a metade de cima da pessoa estivesse no cinema (acredite: não é uma experiência das mais legais).

O HMZ-T3W se conecta a uma bateria com duração de até sete horas, onde são plugados os cabos HDMI das fontes de conteúdo (computador, celular ou videogame, por exemplo). O equipamento promete alta definição (1280 x 720 pixels), mas a qualidade da imagem não impressiona.
A novidade será lançada em novembro por preço sugerido de 1.200 euros (cerca de R$ 3.600).

*A jornalista viajou a convite da Philips