Mulher multada por dirigir com Google Glass é considerada inocente
Um tribunal de San Diego (Califórnia) considerou a uruguaia Cecilia Abadie, 44, inocente, no primeiro caso de uso do Google Glass a parar na Justiça. Ela foi multada no final de outubro por dirigir em uma via expressa na Califórnia enquanto usava esses óculos, que oferecem câmera e conexão à internet.
Cecilia recorreu e ficou definido, nesta quinta-feira (16), que ela não terá de pagar a multa (o valor não havia sido divulgado; os preços podem variar na Califórnia). Isso porque a punição foi classificada em uma categoria que exige provas, mas não era possível ter certeza se os óculos estavam funcionando.
Segundo a Reuters, Cecilia foi parada por excesso de velocidade. O fiscal, então, deu outra multa pelo uso ao volante de um “monitor visual” (a lei proíbe o funcionamento de “um equipamento de vídeo ou TV na dianteira do carro, com o automóvel em movimento”).
Cecilia se disse contente com a decisão. No entanto, ela defendeu que a Justiça libere o uso do acessório ao volante, estando ele ligado ou desligado. William Concidine, advogado de Cecilia, disse em outra ocasião que sua cliente estava com os óculos desligados enquanto dirigia e que o dispositivo acabou sendo ativado quando ela moveu a cabeça para falar com o guarda de trânsito.
Até o momento, três Estados americanos já fizeram leis que estipulam multa para quem usa o Google Glass enquanto dirige: Delaware, Nova Jersey e Virgínia Ocidental.
Google Glass
O Google Glass é um acessório em formato de óculos equipado com uma câmera e uma pequena tela. Os comandos são todos feitos por meio de voz. Com o gadget, o usuário pode checar e-mail, tirar fotos e até obter direções por meio da aplicação de GPS.
A tecnologia deve ser disponibilizada para o público em geral ainda em 2014. Atualmente, há cerca de 10 mil "exploradores" que utilizam os óculos do Google. O dispositivo começou a ser vendido em 2012 nos Estados Unidos por US$ 1.500 (cerca de R$ 3.530).
No site com informações sobre Glass, o Google notifica os donos dos dispositivos a seguirem as leis e a não dirigirem com os óculos ativos.
Guarda de trânsito Keith Odle, advogado William M. Concidine e Cecilia Abadie(dir) participam de audiência, quando ela manteve os óculos do Google no pescoço
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