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Pedófilos capturam fotos sensuais trocadas online por jovens, diz fundação

Do UOL, em São Paulo

11/02/2014 12h03

Uma organização britânica de defesa das crianças na internet afirma que fotos sensuais trocadas entre os mais jovens estão na mira de redes de pedofilia. Hackers cientes da prática buscam essas imagens – compartilhadas via ferramentas como o Facebook e o aplicativo Snapchat – e as repassam para administradores de sites voltados à pornografia infantil.

A informação foi divulgada na segunda-feira (10) pela IWF (Internet Watch Foundation), durante encontro com o ministro britânico Damian Green (responsável por uma área intitulada polícia, Justiça criminal e vítimas).

A fundação afirmou que, em 47 horas de trabalho, encontrou 12.224 fotos ou vídeos de conteúdo sexual, produzidas por menores de idade e compartilhadas pela internet (em muitos casos, de forma privada). Desses arquivos, 10.776 foram posteriormente identificados em sites chamados “parasitas”, criados especialmente para divulgar conteúdo pedófilo.

“Em alguns casos, as fotos coletadas no Facebook e Snapchat são agrupadas em pacotes e vendidas aos pedófilos. As autoridades alertam ser muito difícil remover esse conteúdo, que pode ficar online para sempre”, diz o site “Daily Mail”.

Sexting
A coleta desse material está mais fácil, pois usuários muito jovens de tecnologia vêm aderindo ao sexting - compartilhamento via celular de textos ou imagens de cunho sexual. Quatro em cada dez professores britânicos dizem estar cientes de que seus alunos aderiram à prática.

Segundo a IWF, os jovens que enviam esse conteúdo para seus namorados ou namoradas não acreditam que o conteúdo pode se espalhar. Segundo Susie Hargreaves, diretora-executiva da fundação, esse público precisa entender que está se expondo a um nível absurdo de risco.

A falsa sensação de segurança pode estar ligada ao uso de ferramentas de privacidade e também ao aplicativo Snapchat, que apaga uma imagem dez segundos após sua exibição. No entanto, é possível capturar essa foto durante a exibição na tela, invalidando assim seu principal recurso de privacidade.