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Camada invisível transforma celulares comuns em aparelhos à prova d'água

Camada tornaria qualquer telefone resistente à água; tecnologia é vendida a fabricantes - Divulgação
Camada tornaria qualquer telefone resistente à água; tecnologia é vendida a fabricantes Imagem: Divulgação

Ana Ikeda

Do UOL, em Barcelona (Espanha)*

26/02/2014 13h50Atualizada em 26/02/2014 18h09

Água e dispositivos eletrônicos não costumam se dar muito bem. Mas uma tecnologia exibida na feira MWC 2014 (Barcelona, Espanha) promete resolver o problema, utilizando uma nanocamada (nanocoating) impermeabilizante. Com essa tecnologia invisível, a P2i garante transformar qualquer telefone celular em um aparelho à prova d’água.

A companhia diz que, no segundo semestre, a novidade poderá ser encontrada no mercado – a proteção é vendida diretamente aos fabricantes, mas não aos consumidores.

A tecnologia da P2i atualmente disponível torna os aparelhos resistentes ao contato com a água (caso de chuva, por exemplo), mas eles ainda não podem ser submersos. De acordo com a empresa, o próximo nível de impermeabilização permitirá mergulhar os aparelhos e deixá-los completamente embaixo d’água. 

  • Ana Ikeda/UOL

    À esquerda, papel comum. À direita, lenço que passou por impermeabilização e não absorve água; efeito seria o mesmo em eletrônicos

Isso porque um polímero especial adere à superfície de objetos sem alterar sua aparência externa. "A nanocamada aplicada é cerca de mil vezes mais fina que um fio de cabelo", explica Natasha Hoskins, gerente de marketing da empresa.

Dentro de uma máquina vaporizadora do polímero, do um tamanho de uma geladeira, Natasha colocou um pedaço de lenço de papel para demonstração. Depois de dois minutos, ele sai com a camada do material impermeabilizante aplicada. Quando tentamos mergulhá-lo na água, o lenço não absorveu o líquido, que acumulou-se em gotas na sua superfície do papel.

Camada transforma celular comum em aparelho à prova d'água

Essa camada finíssima, garante a representante, pode ser aplicada tanto na parte externa do celular como em componentes internos -- a placa mãe, por exemplo. Este é, inclusive, o elemento mais sensível aos danos causados por líquidos, porque facilmente oxida e deixa de funcionar.

* A jornalista viajou a convite da Ericsson