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Criador da web diz que Marco Civil ajuda "nova era" de direitos digitais

Berners-Lee destacou que o Marco Civil foi feito com a ajuda de usuários, ?como ocorreu com a Web?, e que esse processo inclusivo e participativo ajudou a criar uma lei equilibrada - Reprodução
Berners-Lee destacou que o Marco Civil foi feito com a ajuda de usuários, ?como ocorreu com a Web?, e que esse processo inclusivo e participativo ajudou a criar uma lei equilibrada Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

24/03/2014 15h21

O britânico Tim Berners-Lee, responsável pela "programação" que criou a rede mundial de computadores, divulgou nesta segunda-feira (24) uma carta de apoio ao Marco Civil da Internet. O projeto pode ser votado nesta terça (25) e tranca a pauta da Câmara dos Deputados desde 28 de outubro do ano passado, impedindo outras votações em sessões ordinárias.

“Espero que com a aprovação dessa lei, o Brasil solidifique sua reputação orgulhosa como líder mundial na democracia e progresso social e ajude a inaugurar uma nova era – aquela em que os direitos dos cidadãos do mundo são protegidos por leis de direitos digitais”, escreveu.

Berners-Lee destacou ainda que o Marco Civil foi feito com a ajuda de usuários, “como ocorreu com a Web”, e que esse processo inclusivo e participativo ajudou a criar uma lei que equilibra direitos e deveres dos cidadãos, empresas e governos na internet.$escape.getH()uolbr_geraModulos($escape.getQ()embed-lista$escape.getQ(),$escape.getQ()/2014/neutralidade-da-rede-1395143209721.vm$escape.getQ())

“Claro que ainda há discussão em algumas áreas, mas finalmente um projeto de lei reflete a internet como ela deveria ser: uma rede aberta, neutra e descentralizada, na qual os usuários são o motor para a colaboração e inovação”, afirmou.

A carta é finalizada com um elogio à garantia de direitos humanos, que segundo Berners-Lee estão no Marco Civil, como o da privacidade, cidadania, preservação da diversidade e da finalidade social da web.

Tim Berners-Lee, em função das comemorações dos 25 anos da web neste mês, anunciou o desenvolvimento de uma carta magna para a internet, com o objetivo de definir regras para proteger a rede do ataque crescente de governos e empresas.