Polícia diz ter identificado suspeitos de assalto à fábrica da Samsung
A Polícia Civil de Campinas (a 93 km de São Paulo) informou nesta terça-feira (8) que identificou 11 suspeitos do assalto milionário à fábrica da Samsung, ocorrido na madrugada de segunda-feira (7). Apesar disso, ainda não foram efetuadas prisões.
Autoridades estimam que o bando levou R$ 80 milhões em produtos, mas a Samsung divulgou que o prejuízo foi de R$ 14 milhões. Cerca de 20 homens armados entraram na fábrica da Rodovia Dom Pedro 1º, mantiveram funcionários reféns e deixaram o local com sete caminhões cheios de notebooks, tablets e celulares.
Segundo a polícia, a identificação foi feita com ajuda das imagens gravadas pelo circuito interno de segurança, que serão confrontadas com arquivos de criminosos do Estado. Além disso, a polícia convocou funcionários e vigias que testemunharam o crime para comparecer ainda nesta terça à delegacia – o objetivo é usar as gravações para fazer o reconhecimento dos suspeitos.
Em fevereiro de 2013, um grupo armado assaltou uma grande distribuidora de eletrônicos também em Campinas, responsável na época por metade dos celulares e tablets comercializados no país. Um vídeo mostrou a ação dos ladrões e parte da carga, avaliada em R$ 24,5 milhões, foi recuperada.
Ação
O roubo na fábrica da Samsung durou cerca de 3 horas. O bando que invadiu a fábrica estava fortemente armado com revólveres, pistolas e fuzis. Para a polícia, a carga já tinha um destino certo, provavelmente no mercado informal.
“Podemos afirmar que os assaltantes são especializados nesse tipo de crime. Eles conheciam o ambiente e a rotina da empresa, o que facilitou a consumação do roubo. Sabiam, inclusive, a localização dos produtos mais valiosos e priorizaram os que não tinham rastreadores”, disse o delegado Carlos Henrique Fernandes, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
Ainda segundo a polícia, a ação começou por volta da 0h de segunda-feira, quando parte do bando chegou dentro da van que transporta funcionários da empresa – eles foram abordados ainda na estrada. A participação de funcionários no crime não está descartada.
Dentro da fábrica, colaboradores do setor de distribuição e vigias foram feitos reféns e orientados a continuar trabalhando normalmente para não levantar suspeitas. “Eles só pediram as baterias dos celulares dos reféns para evitar que a polícia fosse chamada. As armas dos vigias também foram entregues aos assaltantes”, acrescentou Fernandes. O grupo só deixou o local por volta das 3h.
Em nota, a empresa lamentou o ocorrido. Disse ainda que “a polícia está investigando o incidente e que tem cooperado com as autoridades”.
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