Rússia remove homenagem à Apple após Tim Cook anunciar ser homossexual
Um monumento erguido em homenagem ao fundador da Apple, Steve Jobs, falecido em 2011, foi removido de uma praça em São Petersburgo, na Rússia, após o presidente-executivo da empresa, Tim Cook, admitir ser gay.
Com dois metros de altura, a réplica do iPhone foi instalada em janeiro de 2013 no pátio da Universidade Nacional de Tecnologias da Informação por um grupo de empresas chamado ZEFS.
Citando a necessidade de respeitar a lei de combate a "propaganda gay", Maxim Dolgopolov, líder do grupo, anunciou a retirada do monumento na última sexta-feira (31), um dia depois do anúncio de Cook.
"Na Rússia, propaganda gay e outras perversões sexuais entre menores de idade são proibidos por lei", disse o grupo, por meio de um comunicado, que ressaltou a movimentação de estudantes no local do monumento: "é uma área de acesso direto de jovens."
A iniciativa, segundo o ZEFS, visa "proteger as crianças da negação aos valores familiares tradicionais".
A lei que proíbe a disseminação de "propaganda gay" entre menores de idade foi assinada pelo presidente Vladimir Putin em 2013. Na ocasião, Putin disse que a iniciativa nada tinha a ver com a discriminação contra os homossexuais, mas, sim, com a proteção dos jovens.
Já na semana passada, Vitaly Milonov, legislador russo que faz campanha contra os direitos dos homossexuais e participou ativamente da lei assinada por Putin, cogitou barrar a entrada de Cook na Rússia.
O presidente-executivo da Apple assumiu publicamente na semana passada a sua homossexualidade em entrevista à revista "Bloomberg Businessweek".
"Eu tenho orgulho de ser gay e considero ser gay um dos maiores dons que Deus me deu. Ser gay me deu um entendimento mais profundo do que significa ser minoria", falou à publicação. (*Com informações de agências internacionais)
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