Sony afirma ter recuperado custos de "A Entrevista" apesar dos hackers
"A Entrevista", a comédia que a Sony Pictures tirou temporariamente de cartaz, está indo bem o suficiente em vendas e aluguel on-line a ponto de recuperar os milhões de dólares gastos no filme, afirmou uma pessoa próxima ao estúdio.
Mais de US$ 36 milhões em vendas foram feitas on-line até 6 de janeiro. O estúdio, parte da Sony Corp. com sede em Tóquio, fica com entre 70 por cento e 80 por cento dessas vendas, comentou a fonte, que pediu para não ser identificada discutindo dados financeiros privados.
O filme "A Entrevista" também está sendo lançado em cinemas internacionalmente. Existem planos para um DVD e streaming através de assinatura, afirmou o CEO Michael Lynton em uma entrevista. O lançamento on-line não é um modelo para o futuro, disse ele, rotulando a situação como "uma exceção". Fãs que foram aos poucos cinemas que aceitaram passar o filme reafirmaram a confiança de Lynton no atual modelo, onde um filme estreia nas telonas e depois sai em DVD.
"Os cinemas que passaram o filme estavam lotados apesar de que as pessoas podiam ver em casa", falou Lynton. "É uma comédia e as pessoas queriam assistir juntas".
Depois que a Sony concluiu que "A Entrevista" não teria uma estreia completa, o estúdio de Culver City, na Califórnia, cortou os gastos em marketing, de acordo com a fonte. Isso reduziu o custo total para US$ 60 milhões, disse a fonte.
Primeira Emenda
A Sony cobrou um preço baixo, US$ 5,99, para o pay-per-view e US$ 14,99 para compra.
"Tornou-se uma questão de Primeira Emenda", disse ele. "Não pareceu apropriado exagerar no preço para o público norte-americano".
Analistas estimam que a Sony gastou US$ 80 milhões na realização e no marketing de "A Entrevista", uma comédia de Seth Rogen sobre um plano fictício para matar o líder norte-coreano Kim Jong Un. Isso incluiu US$ 44 milhões em custos de produção, de acordo com e-mails liberados por hackers que atacaram os computadores da empresa.
O estúdio lançou "A Entrevista" em 331 cinemas no Dia de Natal e expandiu para mais de 580 cinemas no dia 2 de janeiro. As maiores redes tiraram o filme da programação depois das ameaças de violência por parte dos hackers.
A Sony Pictures fez uma aliança pouco convencional de sócios, incluindo o Google Inc. e a Microsoft Corp. O Google foi a primeira empresa a oferecer o filme - para compra e aluguel através de sua Play store e do YouTube no dia 24 de dezembro.
"O Google foi a única empresa que se sentiu segura o suficiente para fazer isso", disse Lynton. "Todo mundo estava com medo de ser hackeado".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.