YouTube troca Flash por tecnologia que se adequa à conexão do usuário
A plataforma de vídeos YouTube trocou a plataforma multimídia Adobe Flash para rodar vídeos com a tecnologia HTML 5, segundo anunciou a empresa do Google na noite desta terça-feira (27). A mudança faz com que a plataforma seja usada com melhor desempenho em vários dispositivos, inclusive TVs inteligentes, que já contam com navegadores modernos.
Um dos motivos que levou a empresa também a fazer a adoção do HTML 5 é o fato de ela suportar uma funcionalidade chamada ABR (Adaptive Bitrate), que é a capacidade de os vídeos se adequarem à conexão do usuário. Com esse recurso, o YouTube reparou que reduziu pela metade o tempo para carregamento de vídeos.
Além disso, o HTML permite usar o codec VP9, que, de acordo com a empresa, exibe vídeos de alta qualidade usando menos conexão à internet.
Com a medida, os navegadores Chrome, Firefox, Opera, Safari e Internet Explorer mostrarão vídeos por padrão em HTML 5. O usuário não precisará fazer nada, pois as atualizações desses programas já suportam essa tecnologia.
Em um post no blog da empresa (em inglês), John Harding, engenheiro do YouTube, informou que a empresa tem testado a tecnologia desde 2010 para permitir o acesso aos arquivos do site em aparelhos sem Flash, como o iPhone, da Apple. A popularidade dos recursos e a evolução da tecnologia fizeram a companhia reduzir a importância da tecnologia da Adobe.
Flash x HTML 5
A discussão de especialistas entre as tecnologias Adobe Flash e HTML 5 é antiga. Em 2010, Steve Jobs, que na época era diretor-executivo da Apple, disse que removeria o plug-in Flash dos dispositivos móveis da companhia (iPhone, iPad e iPod touch).
Na ocasião, ele afirmou que a tecnologia da Adobe era "fechada", tinha "péssimo desempenho em dispositivos móveis" e ainda consumia muita bateria.
Com o tempo, outros sistemas móveis, como Android e Windows Phone, também removeram completamente o suporte à tecnologia.
A própria Adobe mudou o foco da tecnologia. A companhia em 2011 "matou" o Flash para dispositivos móveis. Após um tempo, a empresa anunciou que o recurso seria usado para vídeos premium e jogos.
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