Avó vai a Campus Party pela 5ª vez para estar mais perto de filho e neto
A menos de uma semana de completar 64 anos, a aposentada Iolanda Ferreira de Souza se destaca entre os 8.000 campuseiros que participam da 8ª edição da Campus Party, em São Paulo, não só por ser a matriarca da turma geek. Sua disposição e alegria roubam a cena no centro de convenções Expo São Paulo, que acolhe desde 3 de fevereiro os amantes de tecnologia e games.
Iolanda tem um humor que até pode ser confundido com a emoção de um iniciante, que jamais acampou e que desconhece a aventura de dormir em um lugar desconfortável. No entanto, essa já é sua quinta edição no evento.
Ela faz questão de acompanhar o filho na Campus Party. E que fique claro, não se trata de uma criança ou de um menor de idade. Ela veio para ficar com seu filho de 40 anos que, além da mãe, trouxe a mulher e o filho de sete anos.
"Essa é mais uma maneira que encontrei de ficar mais próximo de meu filho", disse a mãezona que, por hobby, o ajuda a montar robôs, mesmo sem entender nada sobre informática ou tecnologia. Ele é responsável pela parte técnica, enquanto ela se encarrega pela área artística, colocando em práticas seus talentos de pintura e massa plástica. "Ajudá-lo também é uma forma de manter a mente ocupada."
Mesmo com seis pinos na coluna, Iolanda não se importa com as condições “precárias” do acampamento, como ocorreu em sua primeira noite na Campus Party. "Fiquei esperando que alguém enchesse o meu colchão, mas como ninguém me ajudou, acabei dormindo no chão", disse.
Nada parece abalar Iolanda. A “matriarca geek” tem um ponto fraco: o filho. Na edição passada, um pequeno desconforto entre o filho e o patrocinador a fez parar no hospital com crise de pressão alta.
Tirando isso, não há quem a faça reclamar de nada. "Estou vencendo mais essa edição e, se Deus quiser, estarei aqui novamente no ano que vem", relata, e diz adorar fazer novas amizades durante o evento. A jovem senhora também não descarta a oportunidade de encontrar um namorado no evento. "Quem sabe?".
Divorciada há mais de 30 anos, Iolanda, mesmo conhecendo pouco de informática, se arrisca no mundo das redes sociais para encontrar um pretendente. "Tenho Facebook, Badoo, WhatsApp... já até arranjei uns casinhos", afirma ela, que diz viver intensamente para aproveitar cada segundo da vida. "Sou velha só no documento."
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