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Novo Moto E é opção acessível com 4G, mas peca por falta de flash na câmera

Novo Moto E tem corpo igual ao seu antecessor, lançado em 2014, mas conta com câmera frontal e conectividade 4G - Divulgação
Novo Moto E tem corpo igual ao seu antecessor, lançado em 2014, mas conta com câmera frontal e conectividade 4G Imagem: Divulgação

Guilherme Tagiaroli

Do UOL, em São Paulo

19/03/2015 06h01

A segunda geração do Moto E veio com significativas mudanças para o smartphone de entrada da Motorola. Tela melhorada, conexão 4G e a câmera frontal (que nem estava presente na primeira versão) são algumas das características que tornam o aparelho atrativo para quem quer entrar no mundo dos smartphones.

Apesar das melhorias, é um aparelho para quem não quer luxo. Três exemplos disso são a espessura do smartphone (1,23 cm), que é um “tijolo” comparado com aparelhos mais modernos; o acabamento em plástico emborrachado (enquanto outros têm detalhes em metal) e a câmera traseira sem flash. Na versão com TV, ainda tem um rabicho bem feio que funciona como antena .

O aparelho é vendido em três versões: um só com 3G e 8 GB para armazenamento (R$ 569), um com 4G e 16 GB de memória (R$ 699) e uma versão com 4G, 16 GB de memória e TV Digital (R$ 729), que foi a testada.

Em resumo, o novo Moto E tem um corpo igual a edição passada, mas com vários “truques” de software do Moto X e 4G.

Confira a seguir os destaques do smartphone:

Corpo gordinho

O novo Moto E, mesmo gordinho, continua com uma boa pegada graças ao corpo emborrachado. O processador quad-core (de quatro núcleos) de 1,2 GHz permite rodar aplicações mais parrudas – porém, o usuário fominha em jogos deve levar em conta que o aparelho tem apenas 1GB de memória RAM e a capacidade é limitada.

A tela cresceu (4,3 polegadas contra 4,5 polegadas) e a melhoria na sensibilidade do display é notável: na versão anterior, ela dava pequenas “emperradas” durante a transição de telas, por exemplo.

No anúncio do smartphone, a Motorola disse que estava ouvindo o feedback dos consumidores e, por isso, colocou uma câmera para selfie no Moto E. A falta do recurso pode ter sido uma das razões pelas quais não vemos tantos Motos E nas ruas como Motos G, que contam com câmera frontal desde a primeira versão.

Já a câmera traseira é satisfatória para fotos em ambientes bem iluminados. Em ambientes escuros, sem chance: não há nem flash embutido no aparelho. Portanto, nada de fotos na balada.

TV Digital

O recurso de TV digital continua o mesmo da versão anterior: é necessário colocar um “rabicho” na área de fone de ouvido para fazê-la funcionar. A interface continua a mesma: é possível consultar a grade de programação dos canais abertos e até gravar programas.

Durante os testes, a reportagem andou de ônibus pelo corredor norte-sul de São Paulo, indo da região central para o sentido bairro, e a maioria dos canais funcionou sem grandes problemas (foram apenas quatro rápidas “travadas”).

Houve também momentos em que o telefone não achava sinal. Em um dos testes feitos em um hospital, na região da Vila Mariana, em São Paulo, simplesmente, não funcionou a TV. Foi necessário dar uma volta até achar um local milagroso onde a transmissão chegava.

Enfim, TV é um recurso muito legal, mas o sinal é um pouco loteria.Vale consultar outras pessoas com smartphone com funcionalidade de TV digital para saber se pega nas regiões por onde você passa diariamente.

O usuário também deve ficar esperto com o consumo de bateria. Uma hora de programação gastou 12%, enquanto o telefone funcionava em uma rede Wi-Fi e tinha carga completa. Porém, quanto mais tarefas simultâneas, mais rápido é o gasto da carga. É possível até configurar alertas para quando o smartphone atingir determinado nível de bateria (10%, 15%, 30% e 50%).

Software

Uma das surpresas do Moto E segunda edição são os recursos de software que a Motorola pegou emprestado dos aparelhos mais avançados (Moto G e Moto X).

Para começar, ele já vem com a última versão disponível do sistema operacional Android (Lollipop) quase pura. De resto, há várias funcionalidades presentes no Moto G e no Moto X. As mais legais são as que possibilitam acionar a câmera do smartphone com dois “chacoalhões” e a Moto Tela.

Nesse último, o usuário consegue checar notificações de algumas aplicações sem a necessidade de desbloquear o aparelho.

Direto ao ponto: Moto E (segunda geração)

  • Tela: 4,5 polegadas qHD;
  • Câmeras: 5 megapixels (traseira) e VGA (frontal);
  • Armazenamento: 8 GB e 16 GB (expansível com cartão de memória até 32 GB);
  • Processador: quad-core (de quatro núcleos) de 1,2 GHz cada;
  • Memória RAM: 1 GB;
  • Sistema operacional: Android Lollipop 5.0;
  • Conexões: 3G, 4G, Wi-Fi;
  • Bateria: 2.390 mAh;
  • Dimensões: 12,9 cm x 6,68 cm x 1,23 cm (A X L x P);
  • Peso: 143g;
  • Preços sugeridos: R$ 569 (single-sim/3G/8 GB), R$ 699 (dual-sim/4G/16 GB) e R$ 729 (dual-sim/4G/ 16 GB/TV digital);
  • Pontos positivos: Bom aparelho de entrada e custo-benefício;
  • Pontos negativos: Aparelho é gordinho e câmera traseira não tem flash.