Line aposta em selfies e stickers 'macho' para expandir app fora da Ásia
Para ser global, a Line Corp. está se tornando local. A plataforma de mensagens instantâneas mais popular do Japão, que é uma unidade da Naver Corp., está personalizando seu software para mercados de outros continentes.
No Brasil, o personagem andrógino Moon exibe músculos saltados para agradar o gosto local, segundo o CEO Takeshi Idezawa. Na América do Norte, o aplicativo de selfies B612 é oferecido aos usuários sem ligação com a marca Line, disse Idezawa.
"A localização é fundamental porque as tendências culturais, as diferenças nas funções dos aparelhos, a penetração de smartphones e os planos das operadoras tornam os mercados realmente diferentes", disse Idezawa, em entrevista em Tóquio, na quinta-feira. "Isso é um pouco contrário ao critério das empresas de tecnologia da Costa Oeste dos EUA, mas nós planejamos personalizar nosso serviço para cada país e esfera cultural".
Idezawa, que assumiu como CEO no dia 1º de abril, está procurando aumentar a popularidade da empresa na Ásia para concorrer com rivais como o WhatsApp, do Facebook Inc. Mais da metade dos 181 milhões de usuários mensais ativos do Line está concentrada no Japão, na Tailândia e em Taiwan.
O número de países onde o total de usuários registrados ultrapassa os 10 milhões subiu para 13 desde o lançamento do aplicativo, em junho de 2011, segundo a empresa. O Japão lidera a lista, com 58 milhões de assinantes, contra 30 milhões na Indonésia e na Índia e 25 milhões nos EUA.
Tirando vantagem
"Diferentemente dos simples aplicativos de chat como o WhatsApp, o Line oferece toda uma plataforma de serviços e tem mais chances de tirar proveito do conteúdo localizado", disse Thomas Kwon, analista da Daiwa Securities Co. em Seul. "O Line pode ser mais bem-sucedido para ganhar assinantes nos mercados emergentes, onde a penetração do smartphone ainda é baixa e há menos serviços avançados".
Kwon tem um rating de compra para o Naver, o portal sul-coreano de buscas na internet que é dono do Line.
A empresa ganha dinheiro em parte vendendo ícones, ou stickers, que os clientes podem colocar nas mensagens. As vendas mais do que dobraram em 2014, para 86,3 bilhões de ienes (US$ 717 milhões), disse a empresa em janeiro.
A operadora do aplicativo de mensagens móveis adicionou recursos como jogos, desenhos, chamadas de voz e vídeo gratuitas, e compartilhamento de fotos e vídeos. Em dezembro, a empresa dona do Line fechou um acordo de compra do serviço de streaming MixRadio, da Microsoft Corp., para acelerar o crescimento da base de usuários.
"Este é um negócio onde o forte fica mais forte e você não pode ter uma evolução significativa sem capturar uma grande participação", disse Idezawa. "Aumentar sua base de usuários simplesmente não é suficiente, você precisa ser o número um em cada país".
Título em inglês: Line CEO Bets on Selfies and Macho Stamps to Expand Outside Asia
Para entrar em contato com o repórter: Pavel Alpeyev, em Tóquio, palpeyev@bloomberg.net; Takashi Amano, em Tóquio, tamano6@bloomberg.net.
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