IBGE: TV por assinatura chega a quase um terço dos domicílios no país
Um em cada três domicílios com televisão possui o serviço de TV por assinatura, segundo dados inéditos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Foi a primeira vez que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) calculou o número de famílias que possuem esse tipo de serviço. Em números absolutos, são 18,7 milhões de casas com TV por assinatura, o equivalente a 29,5% do total.
O Sudeste é a região com a maior proporção de domicílios com esse serviço, 40,1%. Os menores percentuais estavam nas regiões Norte (18,9%) e Nordeste (15%).
"Há uma relação direta entre renda e acesso à TV por assinatura", afirmou Jully Ponte, técnica do IBGE responsável pelo estudo. Os números revelam que 74,9% dos domicílios com esse serviço possuem renda superior a cinco salários mínimos.
Já entre as residências com rendimento mais baixo, a recepção através da antena parabólica é predominante: 48,8% dos domicílios com até um quarto do salário mínimo de renda per capita têm o equipamento.
TV digital
A pesquisa "Acesso à Internet e à Televisão e Posse de Telefone Móvel Celular para Uso Pessoal 2013" concluiu também que o sinal digital de televisão aberta estava presente em 31,2% dos domicílios, contra 64,1% sem esse tipo de cobertura.
Segundo o IBGE, a antena parabólica é o principal meio de acesso ao sinal de TV na área rural: 78,3% assistiam televisão com recepção através desse tipo de equipamento.
O levantamento divulgado hoje pelo IBGE mostra ainda que, em 2013, o país tinha 65,1 milhões de residências e 97,2% possuíam o aparelho de TV. "A TV é um bem quase universal no Brasil", diz a especialista do IBGE.
TV de tubo ainda é maioria
Em 2013, o número total de aparelhos de televisão existentes no país foi de 103,3 milhões, sendo 38,4% de tela fina e 61,4% de tubo.
A pedido do Ministério das Comunicações, pela primeira vez o IBGE pesquisou a abrangência de receptores do sinal digital no país. O objetivo da pasta é obter dados que servirão como base para avaliar a implementação do sinal digital e quando será possível desligar o analógico.
Segundo análise da Pnad, 28,5% dos domicílios sem recepção de sinal digital de televisão aberta também não possuem TV por assinatura nem antena parabólica. Para Jully Ponte, "esses são os que dependem do atual sinal analógico e onde o Ministério das Comunicações terá que se debruçar".
Segundo a gerente da coordenação de Trabalho e Rendimento, Maria Lúcia Vieira, "a rigor, todas as TVs que foram fabricadas após 2011 deveria já sair com o conversor digital. Só que algumas podem ter sido fabricadas antes e vendidas depois".
O Distrito Federal é a unidade da federação com a maior proporção de aparelhos com recepção de sinal digital de televisão aberta: 49,3%. São Paulo, com 43%, e Rio de Janeiro, com 40,3%, vêm em seguida. Em contrapartida, o Tocantins ocupa a lanterna, com apenas 11,8% das residências com esse tipo de sinal.
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