Relógio com Android facilita uso do celular, mas ainda faltam recursos
Apesar da carência de funções --assim como os demais relógios inteligentes disponíveis no mercado brasileiro--, o Sony SmartWatch 3 pode ser uma opção para quem quer deixar o smartphone por mais tempo no bolso (ou na bolsa). Não que o gadget com sistema operacional Android Wear seja capaz de substituir o celular por completo. Na verdade, ele é mais um recurso complementar, bacana até, mas não fundamental, e não é dos mais baratos. Para ter um modelo com pulseira de couro é preciso desembolsar R$ 999.
O visual é discreto e simples. Com o corpo quadrado e praticamente todo preto [exceto a traseira que mantém a cor prata], o dispositivo pode ser usado tanto em visuais sociais quanto esportivos. Só não cai muito bem para as mulheres ou pessoas com o braço muito fino, já que o modelo ganha um ar de tijolão (5,5 cm x 4 cm).
O maior dos problemas, no entanto, está no quesito conforto. Não pelo peso de 38 gramas, mas pela pulseira de couro que acompanha o modelo testado pelo UOL Tecnologia. Por ser bastante rígida, não adere ao formato do pulso e torna o uso incomodo. A Sony disponibiliza, no entanto, outras opções de pulseiras --borracha ou aço inoxidável.
Além de ser intuitivo, o uso do modelo da Sony é favorecido pelo formato retangular e pela tela de 1,6 polegadas. A definição de 320 x 320 pixels garante uma visualização aceitável, mas sem muita qualidade. A tecnologia LCD garante uma boa visualização mesmo sob forte luz solar.
Para acessar os recursos e as notificações, basta deslizar o dedo para cima ou para baixo. Caso entre em um dos comandos e queira sair dele, o caminho é deslizar o dedo para o lado esquerdo. O único botão do dispositivo serve para ligá-lo e desligá-lo. Vale lembrar que para conseguir usar o relógio é preciso ter um smartphone Android (a partir da versão 4.3) e baixar no dispositivo o app do Android Wear --disponível gratuitamente no Google Play.
Um detalhe que pode irritar os mais exigentes é o fato da tela se acender sempre que o punho é levado em direção ao rosto. Mas, não se preocupe. Há como "desativar" o recurso automático, que exigirá um toque no relógio sempre que quiser ver as horas ou fazer alguma ação.
Funções interessantes, mas limitadas
Com processador Quad ARM A7, 1,2 Ghz e 512 MB de RAM, o relógio possibilita que o usuário faça buscas, responda mensagens do WhatsApp e envie SMS por meio de comando de voz. Também é possível encontrar o celular perdido com um chamado sonoro, programar ou desativar o despertador no pulso e até marcar lembretes na agenda.
Embora não tenha espaço para um cartão SIM próprio, o SmartWatch 3 permite reproduzir músicas mesmo sem estar pareado a um smartphone. Além de GPS integrado, tem até 4 GB de memória interna, sensores de luz de ambiente, acelerômetro e bússola. Em termos de conectividade, o modelo é compatível com NFC, Bluetooth 4.0, além de WiFi.
Nos testes, o aparelho respondeu bem aos comandos de voz em ambientes silenciosos. Em locais de maior movimentação, a compreensão era um pouco mais limitada. Além disso, a resposta para múltiplos comandos se mostrou bem lenta em algumas vezes.
As funções são interessantes, mas ainda muito limitadas --parte pela falta de aplicativos e parte pelas limitações do tamanho da tela. Não é muito recomendo para ver vídeos ou mesmo jogar games. A vantagem está na resistência à poeira e à água. O aparelho consegue aguentar até 30 minutos submersos a 1,5 metro. O que permite que o usuário se mantenha conectado mesmo durante o banho, por exemplo.
Com 420 mAh, o aparelho dura menos do que os dois dias prometido pela fabricante. O uso intenso do relógio durante os testes garantiu cerca de 30 horas de bateria. Um ponto negativo é a entrada para o carregador ser na parte traseira do gadget -- ou seja, para carregá-lo [via cabo USB que acompanha o produto] é preciso tirá-lo pulso.
Direto ao ponto: Sony SmartWatch 3
- Tela: LCD de 1,6 polegada
- Resolução de tela: 320x320 pixels
- Processador: quad-core de 1,2 GHz
- RAM: 512 MB
- Armazenamento: 4 GB
- Preço: R$ 999
- Pontos positivos: usabilidade
- Pontos negativos: limitação de recursos; preço; carregamento pela parte traseira
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