Vice-presidente do Facebook diz "ter respeito pelo Brasil e suas leis"
Após passar cerca de 24 horas preso, o vice-presidente na América Latina do Facebook, Diego Jorge Dzodan, publicou um post em sua página na rede social na noite desta quarta-feira (2) para agradecer a solidariedade dos amigos e aproveitou para dizer que ele e a empresa têm "o maior respeito pelo Brasil e suas leis".
Dzodan foi detido ontem antes de sair para o seu escritório, no bairro do Itaim Bibi, por ordem do juiz da Vara Criminal de Lagarto (SE), Marcel Maia Montalvão. O pedido de prisão preventiva do executivo foi expedido após reiterado descumprimento de ordens judiciais, que solicitavam informações contidas na rede social e no Whatsapp para produção de provas a serem usadas em investigação de crime organizado e tráfico de drogas.
Um habeas corpus revogando a prisão de Dzodan foi concedido pelo desembargador Ruy Pinheiro, do Tribunal de Justiça de Sergipe, na manhã desta quarta-feira (2). O magistrado classificou a prisão como "evidente coação ilegal", já que não haveria processo judicial nem investigação policial contra o executivo, e que inexistem provas de que ele tenha agido com a intenção de dificultar ou impedir as investigações criminais.
"Estou de volta à minha mesa e queria agradecer a todos pela imensa demonstração de apoio recebido durante as últimas 24 horas. Minha caixa de entrada foi inundada com mensagens calorosas de todo o mundo - cada uma de suas notas fez uma grande diferença e eu as levei ao meu coração", disse ele.
O executivo destacou a importância do Facebook ao brasileiros e enfatizou o respeito que ele e a empresa têm pelo país. "Temos o maior respeito pelo Brasil e suas leis, e nosso objetivo sempre foi ter um diálogo construtivo com as autoridades. Diálogo traz compreensão e ajuda a todos a beneficiar das oportunidades que a internet oferece."
I am back at my desk and wanted to thank you all for the immense show of support received during the last 24 hours. My...
Publicado por Diego Dzodan em Quarta, 2 de março de 2016
Silêncio de CEO's
Ao contrário do que ocorreu quando o WhatsApp ficou cerca de 12 horas fora do ar no Brasil, Mark Zuckerberg —CEO do Facebook— e Jan Koum —CEO do WhatsApp— mantiveram silêncio e não se pronunciaram sobre a prisão do executivo. As empresas se manifestaram exclusivamente por meio de comunicados oficiais.
Em nota, o Facebook comentou a soltura do seu executivo. "A prisão do Diego foi uma medida extrema e desproporcional e ficamos felizes pelo tribunal em Sergipe ter emitido uma liminar ordenando a sua liberação. Prender uma pessoa que não tem qualquer relação com uma investigação em andamento é uma medida arbitrária e nos preocupam os efeitos dessa decisão para as pessoas e a inovação no Brasil".
"Nós continuamos à disposição para responder quaisquer perguntas que as autoridades brasileiras possam ter", conclui a nota, assinada por um "porta-voz do Facebook", sem dar nomes.
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