De figurinhas a gaiola de hamster: redes sociais viram palco para trocas
Grupos de trocas nas redes sociais ganharam força durante a Copa do Mundo de 2014, quando aficionados por figurinhas se reuniram para completar os seus álbuns. A prática que há pouco tempo era restrita a um grupo reduzido de integrantes, como amigos de escola ou de bairro, encontrou na tecnologia uma forma potencializada de relações e de trocas.
Grupos mais abrangentes surgem a todo o momento no Facebook e no WhatsApp. Você pode encontrar de tudo: de produtos para gestantes e bebês a games e gaiola para hamster.
Apesar de lojas de usados e brechós usarem as redes sociais para a divulgação de seus comércios, uma parte desses grupos são criados por iniciativa individual de unir pessoas com o mesmo propósito.
Se você quer entrar nessa, seja por dificuldade financeira ou por seguir a ideia de economia sustentável, basta fazer uma busca por troca ou escambo no Facebook. Você encontrará uma diversidade de pessoas interessadas em barganhar o que você tem em casa e não usa mais. Ao entrar, tenha paciência e dê informações detalhadas sobre o produto que deseja trocar.
"Acho que o mais legal da troca é proporcionar para as duas pessoas uma sensação de satisfação", diz Mirella Floren, criadora do grupo "Escambo das Minas - Sampa". Segundo ela, o ideal é procurar coisas esquecidas que ainda estão boas para o uso. "Já troquei meu guarda-roupa inteiro", relata.
Outro grupo semelhante, o "Escambo", têm mais de 32 mil membros. É público, mas tem algumas regras que, se violadas, podem banir o membro. Não é permitido tentar comprar ou vender um item, usar marcas ou compartilhar links de lojas. O "Escambo", como o próprio nome sugere, é exclusivo para troca.
Livros, inclusive escolares e acadêmicos, também têm espaço nas redes sociais. Júlio César Medalha criou o "Livros pra Vender e Trocar" ao perceber que tinha quase 3.000 livros em casa que poderiam servir a outras pessoas. "Em um mês, foram-se todos", conta Medalha.
"Os grupos de venda e troca no Face são bons porque valorizam um tipo de economia extremamente válido em tempos de crise e desgaste dos recursos ambientais", diz, "pois dá vida útil àquilo que já não nos tem serventia, e ainda gera renda".
Devido ao grande número de comunidades virtuais desse gênero, ele aconselha a não criar um novo, mas participar dos existentes.
Que tal usar um APP?
Além de usar as redes sociais para trocar, comprar e vender artigos usados, existem aplicativos dedicados a essa função. Se você está louco para se livrar de algum produto, vale a pena baixar mais de um. Como em todo app que envolve relacionamento, dê preferência aos mais populares. Com mais gente usando, sua chance de atingir o seu objetivo aumenta.
O Tradr, aplicativo inspirado no Tinder, é fácil de usar, permite o login pelo perfil do Facebook e os filtros de busca funcionam bem. O algoritmo do app "aprende" sobre as suas preferências de acordo com os produtos que você gosta ou descarta, facilitando uma espécie de "match". Está disponível gratuitamente para Android (http://zip.net/bdtqzQ) e iOS (http://zip.net/bbtp0K).
A navegação é muito semelhante ao app de relacionamento que o inspirou, mas no Tradr os pretendentes são produtos. Ao inserir uma mercadoria em seu perfil, você pode escolher se deseja vender, trocar ou ambos. Para comprar algo, vale a pena abrir o chat e pechinchar.
Principalmente no caso de produtos de alto custo, é importante verificar, sempre que possível, a procedência do que trocando ou comprando. Assim, você evita entrar, literalmente, em uma roubada. Outra dica de segurança é nunca abrir sua casa a estranhos ou dar informações desnecessárias sobre seu cotidiano ou situação financeira.
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