Roteador de R$ 3.000 é caro, mas é potente e vai além do que promete
O roteador Ultra Wi-Fi AC 5300 DIR-895L, modelo voltado para uso pesado de redes Wi-Fi, opera em bandas largas com grandes quantidades de transmissão e vários usuários simultâneos. Cheio de recursos avançados, ele não custa barato: chegou a R$ 2.999 para o Brasil. Vale a pena pagar por isso? Se você ou sua empresa está no perfil e tem esse dinheiro, vale sim.
Em primeiro lugar, é importante colocar o preço alto em perspectiva. É evidente que não estamos falando de um roteador convencional para pequenas residências, que custa cerca de R$ 70 no mercado. Este modelo usa o padrão de Wi-Fi 802.11ac --com velocidade de até 1.300 Mbps (megabits por segundo), enquanto o mais usado hoje, o 802.11n, permite até 600 Mbps.
Além disso, ele é tri-band, isto é, trabalha com três bandas de rádio trabalhando em canais de frequência diferentes, garantindo uma melhor conexão. São 1.000 Mbps usados em uma frequência de 2,4 GHz e 4.334 Mbps nas outras duas de 5 GHz. O usuário não precisa trocar de login ou senha de rede se migrar de um dispositivo que opera apenas em 2,4 GHz para outro que usa 5 GHz.
O modelo também aceita conectividade com cabos Gigabit, de altíssima velocidade, usada em streaming de vídeos em resolução 4K e jogos online.
Existem outros modelos no mercado nacional que trazem essas características --não testadas pela reportagem-- como o Archer C3200 da TP-Link ou o RT-AC5300 da Asus. Ambos também não custam barato: o da TP-Link está por cerca de R$ 2 mil, enquanto o da Asus ultrapassa os R$ 4 mil. O modelo da empresa de Taiwan D-Link está de acordo com o mercado.
Nos testes do UOL, foi desligada a rede Wi-Fi corporativa --para evitar forte interferência-- e criado um ponto de rede novo para ser conectado ao roteador. Com o aplicativo Wifi Analyzer, pudemos perceber a força do sinal em diferentes pontos do andar da redação, que tem 617 m² --a D-Link promete bom desempenho do produto em até 200 m², bem menos que a área física do nosso teste.
Apesar de ter contado com algumas quedas rápidas, causadas dessa vez pela interferência de toda a região em que fica o prédio --na avenida Brigadeiro Faria Lima, importante área comercial de São Paulo-- o sinal da rede alimentada pelo roteador permaneceu mais alto que os outros Wi-Fi detectados, com perda de apenas -30 dBm (decibel miliwatt, unidade de medida de transmissão de redes sem fio).
Com outro aplicativo, o Speedtest, pudemos avaliar como ficam a latência e a velocidade de upload e download dessa rede Wi-Fi. Latência é o período de resposta da rede a um envio de dados: portanto quanto menor o valor, melhor. Os resultados também foram ótimos: foram de 4 a 6 milissegundos. Na velocidade de upload, foi de 23 a 75 Mbps, enquanto na de download, mediu de 62 a 111 Mbps.
Curiosamente, os melhores índices foram alcançados estando mais longe do roteador. Talvez suas oito antenas trabalhem melhor sob certas distâncias. É importante frisar que a redação é composta por vários módulos de trabalho mas com poucas paredes, o que pode ter ajudado o sinal.
Mesmo quando a rede corporativa Wi-Fi foi religada, os índices caíram sob a forte interferência mas continuaram bons: 7 milissegundos de latência, 2,16 Mbps de upload e 71,86 Mbps de download.
Também testamos vários usuários simultâneos. A D-Link fala que o DIR-895L aguenta até 50 dispositivos conectados simultaneamente. Não foi possível chegar a esse máximo de aparelhos no teste, mas com até 12 aparelhos a rede funcionou sem problemas.
Um ponto negativo é que você precisa ter um bom espaço sobrando para um roteador tão grande: são 41,7 cm (comprimento), 26,27 cm (altura) e 14,96 cm (largura), mais ou menos o dobro de dimensões de um roteador convencional. Mas é aquilo: se você tem grana sobrando para adquirir um aparelho desses, é provável que você tenha pensado em um ponto espaçoso e bem localizado para ele.
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