Anac orienta que Galaxy Note 7 viaje desligado em aeronaves brasileiras
O Galaxy Note 7 nem começou a ser vendido no Brasil, mas a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) já parece estar preocupada com o uso do smartphone no país. Seguindo a FAA (Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos), o órgão emitiu um alerta aos operadores de transporte aéreo do país.
"Devido a diversos incidentes causados pelas baterias de íons de lítio do modelo da Samsung, em diferentes lugares do mundo, a agência orienta que as empresas aéreas alertem os passageiros quanto aos riscos no transporte do aparelho nas aeronaves", justificou a Anac.
A agência sugere que passageiros e tripulantes não liguem nem recarreguem o aparelho dentro das aeronaves. A recomendação inclui ainda o pedido para que o Note 7 não seja transportado por passageiros ou tripulantes em bagagens despachadas, mas somente em bagagem de mão e desligado.
Em nota, a Samsung disse estar ciente do posicionamento da ANAC sobre o uso e carregamento do Galaxy Note 7 durante os voos. "Dessa forma, solicitamos que os consumidores que adquiriram um Galaxy Note 7 no exterior ou viajantes de passagem pelo Brasil desliguem seus aparelhos". A empresa também orienta aos brasileiros que tenham comprado o produto fora do país que contatem o serviço de atendimento ao cliente nos telefones: 4004-0000 (capitais) e 0800-124421 (outras cidades).
Samsung pede que pessoas deixem de usar Note 7
No sábado, a empresa pediu que as pessoas deixem de usar o Galaxy Note 7. "Aconselhamos aos consumidores sul-coreanos que utilizam o aparelho que sigam até o ponto do serviço pós-venda mais próximo para tomar as medidas necessárias", afirmou a empresa em seu site.
A advertência foi anunciada um dia depois da Comissão de Segurança de Produtos do Consumidor (CPSC) dos Estados Unidos ter solicitado aos proprietários dos smartphones que desligassem e interrompessem o uso.
No início de setembro, a Samsung emitiu comunicado confirmando o recall dos aparelhos e explicando que uma falha na bateria seria a causa das explosões. A venda do Note 7 no Brasil também foi adiada e não há nova data de lançamento prevista.
O site de notícias "Bloomberg" diz ter tido acesso a um relatório da Samsung ainda não publicado que diz o possível motivo do problema: a pressão colocada nas placas da bateria em seu processo de fabricação estaria colocando os pólos positivo e negativo em contato, gerando assim excessivo calor. Entretanto, a Samsung enfatiza no relatório que o problema ainda requer uma análise mais profunda para determinar a "causa exata".
Os incidentes do Note 7
O número de incidentes envolvendo explosões do Galaxy Note 7 aumentou nos últimos dias. Alguns casos recentes com incêndios causados pelo aparelho aconteceram nos EUA. Em Horry County, Carolina do Sul, o bombeiro Wesley Hartzog colocou um Note 7 para carregar dentro da garagem. Ele saiu de casa e quando voltou, encontrou a garagem em chamas. Em outro caso, um jipe pegou fogo em St. Petersburg, Flórida por causa do smartphone.
A companhia aérea australiana Qantas já proíbe que o smartphone seja carregado no avião, e a FAA aconselha os passageiros a não ligar nem carregar esses dispositivos a bordo de aeronaves, e não os colocar em bagagens despachadas.
Solução temporária
De acordo com o jornal sul-coreano "Seoul Shinmun", a Samsung planeja emitir uma atualização de software para o Galaxy Note 7 que irá impedi-los de superaquecer, limitando a recarga de bateria a até 60%.
"É uma medida para colocar a segurança do consumidor em primeiro lugar, mas nós pedimos desculpas por causar inconveniência," disse o anúncio da Samsung para o jornal.
A atualização para usuários sul-coreanos vai começar em 20 de setembro. Não ficou claro quando a atualização poderá ocorrer para usuários no restante do mundo, ou se os aparelhos serão forçados a atualizar, independentemente do consentimento do usuário.
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