Celular brasileiro tem desempenho de top, bom preço, mas peca na câmera
Em meio ao concorrido mercado de smartphones --disputado principalmente por empresas estrangeiras --, há um modelo brasileiro que merece atenção especial daqueles que buscam por um aparelho bom, mas não podem gastar mais do que R$ 1.500. Estamos falando do Quantum Fly, que, com configurações de peso, próximas a de celulares top de linha, chega para roubar espaço dos intermediários Moto G4 Plus e Galaxy A7.
O lançamento da Quantum --divisão de celulares da Positivo-- custa R$ 1.449, mesmo valor do aparelho da Samsung e um pouco mais caro do que o Motorola, que pode ser encontrado no mercado varejista por a partir de R$ 1.100.
Não que o Quantum Fly seja feio, mas seu acabamento traseiro de plástico acaba perdendo um pouco o glamour –que é o forte do A7. Com tela Full HD (1.080 x 1.920) de 5,2 polegadas, o aparelho tem bordas ligeiramente curvas que facilitam a pegada. Pode ser comprado nas cores azul, cinza e rosa. Pena que é muito frágil. Uma queda de menos de 30 cm foi suficiente para trincar a tela.
Mas o brasileirinho se destaca por ser o único smartphone no país a contar com um processador de dez núcleos de até 2,1GHz (MediaTek Helio X20). E conta ainda com o reforço dos 3GB de memória RAM [mesma quantia que o A7 e até mesmo que o iPhone 7 Plus].
Vale lembrar que o processador é o "cérebro" do celular, capaz de "ler" o código dos programas, para assim executar uma série de operações lógicas e aritméticas que vão resultar na realização de tarefas. Já a função da memória RAM é armazenar dados temporários para que o processador possa acessar informações importantes com rapidez. Uma memória RAM alta contribui para o desempenho do sistema operacional e facilita a abertura de vários aplicativos simultaneamente sem que o aparelho trave.
No teste de desempenho realizado pelo UOL Tecnologia, o aparelho da Quantum se mostrou mais rápido do que o iPhone 7 Plus, Moto Z e Xperia XZ, só perdeu para o Galaxy S7, que conseguiu abrir oito aplicativos em 27,1 segundos. O Fly realizou o processo em 28,8 segundos.
Com o aplicativo de benchmark Greekbench 4 --que avalia a agilidade e eficiência do processador--, o brasileirinho alcançou 1.573 pontos quando considerado o desempenho médio de cada um de seus núcleos e 4.355 pontos quando considerado o desempenho dos múltiplos núcleos. Resultado inferior ao alcançado pelo Galaxy S7, mas superior ao S6, por exemplo.
Na prática, as configurações do Quantum Fly são suficientes para aguentar jogos pesados sem engasgos ou lentidão. Também é uma boa para os amantes de filmes e para os multitarefas, que usam vários aplicativos ao mesmo tempo. O único problema é que o aparelho é um pouco esquentadinho, mas nada que prejudique o seu desempenho.
Câmera principal decepciona, mas flash frontal compensa
O ponto fraco do aparelho é a câmera de 16MP, capaz de produzir fotos com razoável qualidade, mas abaixo do resultado apresentado pelo Moto G4 Plus e pelo A7. Isso não quer dizer que as imagens sejam ruins. Longe disso! No claro, até é possível registrar imagens com precisão de cores (graças a seu filtro infravermelho), boa definição e boa profundidade de campo, com pequenos borrões --principalmente nas laterais do quadro-- que não chegam a incomodar.
O problema --como na maioria dos celulares-- é no escuro, em que os detalhes das fotos são ofuscados pelos borrões. Mas o destaque do Quantum Fly está no tempo entre um clique e outro (0,3 segundo). Tem ainda flash frontal, que, diferentemente de seus concorrentes, garante boas selfies em ambientes sem iluminação.
O smartphone ainda ganha pontos com o modo câmera lenta e o Picture in Picture, que inclui em uma mesma fotografia imagens da câmera frontal e da traseira. Os vídeos podem ser gravados em Full HD, uma qualidade mais do que suficiente para fazer boas gravações, mas talvez a Quantum pudesse ter investido na tecnologia 4K e se diferenciado um pouco mais de seus concorrentes.
A empresa brasileira, no entanto, decidiu não abandonar um recurso que já vem sendo extinto pela maioria das fabricantes: a rádio FM. Um recurso que acaba consumindo a bateria de 3.000 mAh: em uso comum pode durar um pouco mais de um dia (dentro da média para o segmento). Mas para economizar ainda mais o seu consumo, é possível ativar o modo Doze (soneca), que "hiberna" apps que não estão em uso quando o smartphone está ocioso.
Vale ou não comprar?
O Quantum Fly é mais uma prova de que produções nacionais podem ser tão boas quanto as internacionais. E pode ser uma excelente opção para aqueles que buscam um celular com alto desempenho, mas não liga muito para o quesito câmera.
Direto ao ponto: Quantum Fly
- Tela: 5,2 polegadas de Full HD (1920x1080)
- Sistema Operacional: Android 6.0
- Processador: MediaTek Helio X20 (dez núcleos de até 2,1GHZ)
- Memória: 32 GB de memória interna e 3 GB de memória RAM
- Câmeras: 16 MP (principal) e 8 MP (frontal)
- Dimensões e peso: 14,9 x 7,3 cm; 7,5 mm de espessura; 140 gramas
- Pontos positivos: memória RAM, processador e flash frontal
- Pontos negativos: câmera frontal e design
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