Sucesso de público, LG K10 evolui muito pouco, mas bateria se destaca
O K10 é o celular mais da LG mais vendido no Brasil. Mas na versão 2017, ele evoluiu pouco: continua no segmento intermediário, agora mais perto da ponta "barata e inferior" do que da "cara e top". Seu preço também está dentro desse patamar: apesar das melhorias nas configurações, continua custando cerca de R$ 1.100, preço do modelo do ano passado.
A versão antiga tinha só 1 GB de memória RAM e processador Mediatek MT6753 com velocidade máxima de 1,14 GHz. Isso já é considerado pouco para os padrões atuais, então o modelo novo traz o chip Mediatek MT6750, que vai até 1,5 GHz, e 2 GB de RAM --um crescimento discreto, digamos.
No teste de desempenho Geekbench 4, obteve 561 pontos para uso em um único núcleo e 1.864 para múltiplos núcleos, desempenho inferior até mesmo a de modelos top de linha lançados há dois anos, como LG G3 e Galaxy S5.
O Android foi atualizado do 6.0 para o 7.0 e passou a ter uma interface própria da LG que some com a gaveta de apps --aquela que mostra todos os aplicativos. Para recuperá-la, há uma opção escondida na área de temas das configurações chamada LG UI 4.0, que requer download.
Ele tem performance razoável, como esperado. Os apps que você usa sempre --WhatsApp, Facebook, Instagram-- rodam bem. Mas jogos pesados demoram a carregar e aquecimentos acontecem ao usar Netflix, jogos e até mesmo navegando na internet. Registramos um travamento jogando "Angry Birds".
O armazenamento subiu de 16 GB para 32 GB, outra medida que está se tornando padrão entre intermediários --e é suficiente para a maioria dos usuários atualmente. Há espaço para cartão de memória microSD até mais 32 GB.
O corpo mudou esteticamente para melhor. O primeiro K10 já era bem bonito e a versão nova ficou mais elegante. Apesar de não ter nenhum detalhe inovador ou inspirado e de ter mantido o frágil acabamento em plástico, o modelo acrescentou uma pintura de bronze nas laterais que o deixou ainda mais refinado.
Já a tela decepcionou. Manteve as mesmas 5,3 polegadas e resolução HD, considerada abaixo da média dos smartphones atuais, que usam Full HD ou superior. Usuários pouco interessados em configurações de ponta, porém, não deverão se incomodar com isso. Na pior das hipóteses, você vai ficar com a vista cansada ao ler letras pequenas.
As câmeras também poderiam ter evoluído mais: manteve 13 MP na câmera traseira e 5 MP na dianteira. Também seguiu com alguns dos problemas da versão de 2016, como as cores lavadas e controle de branco irregular.
Os amantes das selfies talvez curtam a frontal, que permite usar o modo normal ou o recurso de lente grande angular de 120°, que, na verdade, é um software da câmera --a lente não é dupla, como nos celulares LG G5 e G6.
A bateria foi bem. Em uso leve, no standby e com navegação em Wi-Fi por alguns minutos por dia, chegou a impressionantes 72 horas de duração. Na exibição contínua de vídeo, durou seis horas e 20 minutos. Em uso médio --Facebook, WhatsApp, internet, e-mail-- deve durar em média de 36 a 45 horas. Em uso intenso, com os apps citados mais meia hora de Netflix e uns minutos de jogos, dá umas 14 horas.
Vale a pena? Seria melhor que um aparelho como o LG K10 novo não fosse considerado intermediário, porque ele traz o pacote básico que quase todo mundo precisa em um celular --e por ser "básico", deveria custar na casa dos R$ 500 a R$ 700. Custa o dobro, com preço sugerido de R$ 1.200 (mas já é encontrado por R$ 1.080 em grandes lojas).
É um modelo razoável para o que cobra, mas vale dar uma olhada nos concorrentes Moto G5 (Lenovo) ou no Galaxy J7 (Samsung) antes de fechar sua compra:
Concorrentes no mercado
- Galaxy J5 Metal (R$ 899): mais barato, mas só tem 16 GB de armazenamento, tela menor (5,2 polegadas) e processador inferior (Snapdragon 410, 1,2 GHz)
- Lenovo Vibe K6 (R$ 999): mais barato e com leitor de digitais, mas tem tela menor (5 polegadas) e processador inferior (Snapdragon 430, 1,4 GHz)
- Moto G4 (R$ 1.109): tem Android "quase" puro, mas só tem 16 GB de armazenamento
- Galaxy J7 Metal (R$ 1.099): tem processador superior (Exynos 7870, 2,3 GHz) e mais bateria (3.300 mAh), mas só tem 16 GB de armazenamento
- Asus Zenfone 2 (R$ 1.189): tem mais RAM (4 GB), mas é modelo antigo, só tem 16 GB de armazenamento e não deverá receber Android 7.0
- Galaxy A5 2016 (R$ 1.189): tem processador superior (Exynos 7580, 1,6 GHz) e leitor de digitais, mas é modelo antigo e só tem 16 GB de armazenamento
Direto ao ponto: K10 Novo
Tela: 5,3 polegadas HD (720 x 1280 pixels)
Sistema Operacional: Android 7.0
Processador: Mediatek MT6750 CPU octa-core (1.5 GHz)
Memória: 32 GB de armazenamento interno (cartão microSD de até 32 GB) e 2 GB de RAM
Câmeras: 13 MP (principal) e 5 MP (frontal)
Dimensões e peso: 148,7 x 75,29 x 7,99 mm; e 138 g
Bateria: 2.700 mAh
Pontos positivos: belo design, memória interna suficiente, câmera frontal com amplo ângulo
Pontos negativos: tela apenas HD, corpo de plástico, câmera traseira fraca
Preço: R$ 1.200
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