Especialistas conseguem conter ciberataque em sistema de saúde britânico
Especialistas em tecnologia britânicos trabalharam noite adentro para corrigir sistemas de computadores do serviço de saúde do país após um vírus do tipo ransomware forçar dezenas de hospitais a cancelarem operações e consultas, disse o ministro de Segurança, Ben Wallace, nesta segunda-feira (15).
Aproveitando-se de ferramentas de espionagem que teriam sido desenvolvidas pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, o vírus chamado WannaCry bloqueou mais de 200 mil computadores em pelo menos 150 países, exigindo um resgate para desbloqueá-los.
Especialistas em cibersegurança do Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido trabalharam ao lado do Centro Nacional de Cibersegurança (NCSC) e da agência de espionagem britânica, a GCHQ, para corrigir sistemas de computadores depois do ataque causar amplos problemas na sexta-feira, disse Wallace.
"Eles têm trabalhado quase noite a dentro para garantir que os reparos estejam funcionando para ter certeza que, esperançosamente, os serviços do NHS possam voltar ao normal", disse o ministro à rádio BBC.
Wallace negou que uma falta de investimentos no sistema de saúde --uma alegação da oposição trabalhista antes da eleição do dia 8 de junho-- possa ter deixado os serviços de saúde expostos a esse tipo de ataque.
O diretor da Europol, Rob Wainwright, disse neste domingo que o ataque foi singular no sentido de que o ransomware foi usado em combinação com uma "funcionalidade de verme", por isso a infecção se espalhou rapidamente.
Ele disse que a Europol e outras agências ainda não sabem quem está por trás do ataque, mas "normalmente tem objetivos criminosos e essa é a primeira teoria com a qual trabalhamos por motivos óbvios".
Apesar da Europol garantir que não há nenhum novo risco de contágio global, os temores não passam. "Não foram registradas novas infeções de ransomware e isso é positivo. Significa que, no fim de semana, com o alerta do ataque em escala global, as pessoas começaram a fazer as atualizações de segurança em seus equipamentos", disse o porta-voz da Europol, Jan Op Gen Oorth.
De acordo com a Microsoft, o ciberataque fez "soar um alarme" para os riscos existentes e a vulnerabilidade das novas tecnologias. "O ataque vale como um alarme. Os governos não podem manter softwares que podem ser transformados em armas para hackers sem escrúpulos", disse a companhia em seu blog.
O vírus teria sido roubado da agência norte-americana NSA e caído na mão de hackers.
O jornal britânico "The Times" publicou que o governo e o ministério da saúde já tinham sido informados há um ano sobre os riscos de um ataque cibernético em grande escala contra hospitais, um dos alvos da invasão mundial de sexta-feira.
Os "resgates" pedidos pelos hackers giraram em torno de US$ 300 para cada equipamento.
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