Moto Z2 Play fica mais bonito e fino, melhora câmera, mas sacrifica bateria
Lançado no começo deste mês, o Moto Z2 Play é a segunda geração do smartphone intermediário da Motorola famoso pela bateria parruda e a tela grande, além de uma performance acima da média geral do mercado. São pontos que permanecem na versão 2017, mas com ressalvas.
Como esperado, o novo modelo melhora o Moto Z Play do ano passado ao mesmo tempo que fica mais parecido com o top de linha Moto Z, também de 2016. Enquanto a empresa segura o lançamento do Moto Z2 provavelmente para o segundo semestre deste ano, o Z2 Play pode ser uma opção boa para quem quer comprar o Moto Z e não tinha dinheiro na época. Ele custa R$ 1.999.
Usando
O corpo dele mudou pouco e continua grande e desconfortável de pegar, por causa principalmente da compatibilidade com os Moto Snaps, aqueles acessórios exclusivos da linha Moto Z que conectam magneticamente e ampliam ou dão novas capacidades ao celular, como alto-falante maior, câmera com zoom ótico ou projetor de parede portátil.
Mas se largura e altura ficaram iguais, ele pelo menos ficou mais fino (de 6,99 milímetros em 2016 para 5,9 mm), mais leve (de 165 para 145 gramas) e mais bonito, com traseira em metal (antes era de vidro), o que é ótimo. Ainda acho que os conectores dos Moto Snaps na traseira deveriam ser menos aparentes em um futuro próximo, pois eles acabam "manchando" demais o bonito visual do celular.
A tela conta com o vidro resistente Gorilla Glass 3, mas mesmo assim apresentou rapidamente dois arranhões mais ou menos visíveis no uso cotidiano. Usei o celular no bolso, e sim, minhas chaves estavam nele, mas já usei outros modelos da mesma forma e isso não ocorreu antes tão facilmente.
Ainda sobre a tela, foi mantida a iluminação Super Amoled usada no Moto Z Play original. O que é bom e ruim ao mesmo tempo: enquanto você vai curtir o brilho e as cores vivas que ela apresenta, em compensação em um ou outro momento você vai sentir que a saturação vai deixar as cores muito exageradas e até distorcidas em relação a uma tela LCD convencional.
O sensor de impressões digitais ficou mais discreto e menos quadradinho, igual ao do Moto G5, e manteve aquela opção de navegação no Android que retira os botões digitais --um recurso de software da própria Motorola-- mas que nem sempre dá muito certo. Algumas vezes tentava acessar o multijanelas deslizando da esquerda para a direita e ia parar na tela principal, cujo gesto é apenas apertando uma vez o sensor.
Ele está com um processador melhor que no ano passado, o que é natural, e a memória RAM também subiu um pouco, de 3 para 4 GB. Ele também ficou com 64 GB de armazenamento. Apesar de ter travado algumas vezes no teste de benchmark Geekbench 4, os jogos rodaram muito bem. Ele até chega a esquentar, o que é ruim, mas ele esfria rapidinho também quando a tarefa pesada acaba.
No Geekbench, o resultado deu 4.588 pontos no teste multinúcleos do processador, e 916 no teste por núcleo único --o que é considerado bom para um celular intermediário. Como referência, o rival Zenfone 3 Zoom atingiu 4.207 e 864 pontos, respectivamente.
Um ponto curioso é o Android 7.1 que vem com ele, que pela primeira vez em muito tempo está configurado de fábrica para girar a tela principal na posição vertical, com os ícones sendo redistribuídos dessa forma. É só uma firula, mas é interessante. Além disso, manteve a gaveta de apps oculta, e para acessá-la é preciso deslizar o dedo de baixo para cima na tela.
Câmera
A câmera também melhorou. Está bem mais rápida no clique, talvez por conta do Dual Autofocus, que é uma tecnologia que melhora a captação de luz. Mas ainda peca um pouco na exposição de luz e até na fidelidade de cores. Você vai ter dificuldade para ajustar a luz principalmente quando o sol estiver batendo muito forte em algumas áreas.
Bateria
Já a bateria infelizmente perdeu pontos. Ela caiu de 3.510 mAh para 3.000 mAh. Em uso moderado (internet e redes sociais), ela ainda dura uns dois dias, e menos de um dia e meio no uso intenso (vídeos, câmera e games), mas o primeiro Moto Z Play ainda te dava umas horinhas a mais além desses dois dias.
E não podemos esquecer que o Moto Z2 Play ainda dá suporte aos Snaps, mas eles só valem a compra se você comprar um pacote com o celular e um Snap incluso. Se comprar o Snap em separado, ele vai ser bem caro, de R$ 500 a R$ 1500.
E aí, vale?
A gente já testou celulares parecidos com bateria grandona como o Galaxy A9 (Samsung), o Xperia XA Ultra (Sony) e o próprio Z Play (Motorola) do ano passado. No contexto atual, o Z2 Play é o mais caro, mas também porque é o modelo mais recente. Os da Samsung e Sony já caíram para os patamares de R$ 1.650 e R$ 1.600, respectivamente.
Porém, o Galaxy A9 tinha uma câmera apenas regular e o XA Ultra traz só 16 GB de armazenamento. E não gostamos muito dos tamanhos exagerados de ambos. Nesse sentido, o Z2 Play parece ser um modelo que, apesar de ainda grande para mãos pequenas, traz um conjunto melhor que o desses modelos.
Dentro das opções da Motorola, você fica entre o Moto Z Play, que hoje em dia está custando uns R$ 1.500, traz bateria um pouco melhor e de resto ainda é um bom celular; e este Z2 Play de R$ 2.000, que melhora o desempenho, o design e a câmera. É basicamente a decisão entre o custo-benefício e o avanço tecnológico. Mas se puder esperar, compre o Z2 Play daqui a uns meses, quando baixar de preço.
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