Cansado de tantos fios e controles de TV? Samsung tem (cara) alternativa
Não é de hoje que qualquer consumidor reclama da verdadeira zona causada por tantos fios ligados a uma televisão. A gama de produtos que podem ser conectados a TVs deixou as casas cheias de cabos. Com a tentativa de melhorar isso, a Samsung apresentou na última terça (20), em evento realizado em São Paulo, seu mais recente lançamento – que ainda ajudará a eliminar boa parte dos controles de nossas casas.
Trata-se da geração “QLED” – sendo que o Q representa a tecnologia de pontos quânticos – é o que a marca chama de “a próxima inovação em TVs” que além de prometer melhor imagem quer arrumar fios da TV e eliminar controles. A nova linha de televisores faz parte de anúncios que ocorreram na CES (Consumer Electronics Show), maior feira de eletrônicos do mundo que ocorre sempre no início de janeiro em Las Vegas.
Como toda tecnologia de ponta, os preços dos novos televisores QLED não serão para qualquer um. Serão três linhas: Q7, Q8 e Q9. Os modelos, que chegam ao Brasil a partir do fim deste mês, variarão de R$ 9.999 na Q7 de 55 polegadas até ainda mais absurdos R$ 86.999 na Q9 de 88 polegadas.
As diferenças entre os modelos recaem na qualidade do HDR, tamanho e formato da tela – a Samsung ainda aposta em modelos curvos em telas maiores. O jeito, para muitos, é fazer o de sempre: esperar que a tecnologia barateie nos próximos anos para modelos muito mais acessíveis. Ao comprar uma das TVs, ela traz um cabo óptico de 5m, o One Connect (um hub que concentra a conexão de vários eletrônicos) e um controle.
Escondendo cabos
A solução criada para cabos pode ser um bom ponto de partida e que atrairá consumidores – aliás, está cada vez mais difícil inovar no ramo de TV. Não, a Samsung (ainda) não trouxe uma solução para acabar com tantos fios – isso, sim, seria uma revolução gigante, mas dependeria do conjunto de fabricantes e de outros aparelhos se modernizarem. Na verdade, a empresa sul-coreana quer tirar a bagunça de frente da TV.
Isso não é algo inédito: o One Connect, espécie de hub em que todos os dispositivos ligados à TV se conectam, já apareceu em modelos recentes de televisores da companhia. A novidade é que agora as TVs se ligarão a esse hub por meio de um cabo óptico bem discreto – por isso, ele é chamado pela Samsung de “conexão invisível”. O cabo fica quase imperceptível no ambiente.
A presença do One Connect faz com que apenas dois cabos saiam da TV: um de energia e o óptico ligado ao hub. Contudo, a novidade não acaba de vez com a bagunça e só transfere ela de lugar – ou seja, para qualquer canto em que você queira colocar o One Connect. A Samsung ainda cita a opção de comprar um cabo óptico de 15 metros (o que vem junto ao aparelho tem 5m) e jogar todos os fios para um outro cômodo, mas o acessório custará R$ 899.
Desde 2015 a LG tem um conceito parecido e que ficou mais evidente na Signature OLED W7, exibida na CES 2017. Para que a TV não tenha seu visual prejudicado por cabos, há um tipo de cabo fino, mas meio largo, que sai da parte inferior do televisor para a "soundbar", de onde sai o áudio e que também serve de central para as demais conexões.
Controle único também pode ser legal
A Samsung não quer acabar apenas com os cabos. A bagunça causada pelo fato de haver um controle por dispositivo também é um alvo do lançamento da empresa. Na apresentação da novidade, a Samsung mostrou um recurso que possibilita um controle único comandar tudo o que esteja ligado ao One Connect, videogame, TV a cabo, blu-ray, Apple TV, soundbar, celular, apps da TV, etc...
Esse novo controle tem um design que lembra até certo ponto um iPod. Em demonstração da Samsung, o controle foi capaz de interagir com diferentes aparelhos, como blu-ray e até a área principal de um Xbox. Não ficou claro, contudo, até que ponto ele terá influência em todos os dispositivos– é, óbvio, por exemplo, que você seguirá precisando de um controle para jogar videogames. E a Samsung diz que é preciso verificar a compatibilidade de aparelhos.
As novas TVs QLED ainda terão a opção de um novo suporte para a parede. Mais discreto, ele consegue diminuir bastante o espaço que sobra entre o televisor e a parede – ajuda o fato de a TV não ser alvo de conexões de cabos. Outro recurso interessante é que é possível ajustar o televisor após ele ser instalado na parede – caso o suporte esteja torto, não é preciso instalar tudo novamente, só girar levemente a tela para ajeitar.
Esses suportes também não terão um preço nada convidativo: custará R$ 599 para telas de até 65 polegadas e R$ 699 para televisores até 75 polegadas. Se o consumidor preferir, é possível comprar bases bem caras para os televisores: a Base Gravity tem o preço de R$ 2.999 e a Base Studio sairá por R$ 2.749.
Modelos prometem “100%” de cores
Além de tentar arrumar a bagunça de cabos e controles, os novos televisores da Samsung também contarão com avanços tecnológicos na imagem. A Samsung diz que os aparelhos, que contarão com a tecnologia 4K e um HDR avançado em relação à concorrência, pela primeira vez atingiram o nível de 100% de volume de cores.
De fato, as imagens dos novos televisores apareceram bem melhores e mais brilhantes do que os concorrentes em comparativos feitos pela Samsung durante a apresentação – ainda que não tenha sido possível verificar de fato as configurações em que estavam os televisores. As novas QLED ainda prometem imagens perfeitas até em ambientes iluminados, sem que o usuário precise apagar todas as luzes.
O mais legal da nova tecnologia de ponto quântico é que ela não desgasta por não ser uma substância orgânica – ou seja, ganha em vida útil. Ademais, a Samsung diz que há uma garantia de 10 anos contra o chamado “burn-in”, problema que ocorre quando uma mesma imagem fica parada por muito tempo na TV e provoca manchas na tela. Esse defeito não costuma ser coberto por garantias das empresas.
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