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Melhor que o Facebook? Lembre como era o Orkut, a rede social dos anos 2000

Do UOL, em São Paulo

06/07/2017 04h00

Caso existisse hoje, o Orkut seria um adolescente de 13 anos. Febre no Brasil durante os anos 2000, ele foi a tentativa do Google de criar uma rede social - sim, sabemos que o Google Plus está aí até hoje -, mas acabou extinto em setembro de 2014.

Algumas funções, porém, permanecem na memória de quem usa esse tipo de site e acabaram migrando, ainda que de forma adaptada, para o Facebook. Outras, entretanto, viraram meras recordações.

Vejamos, por exemplo, a imagem abaixo, que sintetiza muito do que se via na rede.

Orkut - perfil padrão - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

As principais informações do usuário ficavam ali, disponíveis para todos. Desde, claro, que se aceitasse algo que faria muito stalker de Facebook ter calafrios: a partir do momento que você desejasse ver o perfil alheio, era necessário ativar uma função que sinalizava ao dono do perfil visitado que você esteve por lá.

Orkut - quem acessou seu perfil - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Era vergonhoso, mas muita gente ligava o modo "estou bisbilhotando mesmo, e daí?" e acabava usando a função. Isso, porém, nem sempre foi assim: no início, o Orkut não tinha nenhuma funcionalidade além de permitir trocar scraps e ver fotos.

Orkut - tela inicial - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Tinha também uma parada "meio 'Black Mirror'": os usuários da rede costumavam ostentar a quantidade de "gelinhos, carinhas, coraçõezinhos e estrelinhas" que eles tinham. Basicamente, as pessoas te avaliavam em quesitos como "charme" e "carisma". A estrelinha, por sua vez, era para quem quisesse se declarar seu fã - só sobrou ela, no final.

Orkut - avaliação do usuário - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Se hoje o Facebook possui uma ferramenta para comunicação dedicada, com o Orkut a coisa funcionava por meio de scraps. Eram recados que acabavam ficando visíveis para todos os amigos - lembram do "só add com scrap"? E, claro, não podemos nos esquecer dos testemunhos: basicamente, um amigo escrevia algo bonitinho sobre você e, mediante autorização, esse textinho (ou textão) brega era exibido para todos que visitassem seu perfil.

Orkut - scrapbook - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

O problema é que, muitas vezes, esses scraps continham links maliciosos, do tipo "as fotos da festa ficaram ótimas".

Por outro lado, também havia uma ferramenta dedicada a mensagens privadas. Só não tinha a mesma graça e a caixa acabava se tornando um enorme amontoado de spam.

Orkut - inbox - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

E, claro, havia as comunidades, praticamente um mundo paralelo dentro da rede social.

Orkut - Comunidade - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Além da profusão de gifs animados e imagens com mensagens de autoajuda, o Orkut tinha sua própria ferramenta para animar seus usuários: a "Sorte do Dia".

Orkut -  Sorte do dia - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

E se você tivesse algum crush, era possível adicionar a pessoa em uma lista especial - você seria avisado caso ela fizesse o mesmo.

Orkut - Lista de crush - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

O Orkut também tinha uma seção dedicada a jogos e aplicativos. Um dos que fizeram mais sucesso foi o BuddyPoke, que permitia criar um avatar animado para o seu perfil - em alguns casos, ele também foi usado como ferramenta de marketing.

Orkut - BuddyPoke - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

Muitas vezes, porém, nada disso acontecia na rede social. Isso porque ela tinha o péssimo hábito de ficar offline e, frequentemente, apresentar essa infame mensagem para os usuários.

Orkut - no Donut for you - Reprodução - Reprodução
Imagem: Reprodução

E aí, sentiu saudades?