Skate elétrico, GIF, chá: computador baratinho Raspberry Pi serve pra tudo
Um computador do tamanho de um cartão pode promover algumas invenções malucas e outras muito úteis. Criado em 2012 com fins educativos, o Raspberry Pi conseguiu revolucionar as aulas de robótica e programação. Isso porque o dispositivo pequeno e de baixo custo não fica atrás de muitos desktops: dá para navegar na internet, jogar, ouvir música, entre outros usos. Tudo isso pode ser feito com algumas adaptações e conectando alguns periféricos.
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A ideia do Raspberry Pi partiu de um grupo de pesquisadores do Reino Unido que queriam levar ciência da computação para estudantes da educação básica. Fizeram parceiras com empresas para conseguir itens a baixo custo, montaram uma placa “turbinada” e pronta para ser adaptada a diferentes projetos e, então, criaram a Fundação Raspberry Pi, que hoje vende os dispositivos para o mundo todo.
Compacto e versátil, o Raspberry Pi tem processador, processador gráfico, slot para cartões de memória, interface USB, HDMI, memória RAM, entrada de energia e barramentos de expansão. Pode ser conectado à tela de TV, mouse e teclado de computador.
Diante de tanta possibilidades, há quem consiga usar o dispositivo para “dar vida” ao telefone do Toy Story, criar “espelhos mágicos” e até ajudar a monitorar os níveis de glicose em quem tem diabetes. Veja a seguir algumas das aplicações mais bacanas usando o Raspberry Pi:
Skate elétrico
Com o dispositivo, é possível montar um skate elétrico controlado por controle remoto. O criador, que se intitula “The Raspberry Pi Guy” (o cara do Raspberry Pi), diz que você só precisa ter um skate, uma bateria para a alimentar toda a instalação, um motor, um controle remoto (que será conectado via Bluetooth) e o Raspberry Pi. A promessa é que o skate alcance até 30 km/h e seja uma alternativa para se locomover sem muito sacrifício pela cidade.
Xadrez eletrônico
Está cansado de não ter companhia para jogar xadrez ou não encontra um oponente à sua altura? Vários projetos publicados na internet ensinam como usar o Raspberry Pi para criar um jogo inteligente. Para isso, é preciso ter uma certa paciência para montar o seu próprio tabuleiro (sensível ao toque), ter imãs, LEDs e usar bem seu microcomputador. O dispositivo é conectado ao Stockfish, um código aberto e gratuito de xadrez que permite que você escolha o nível de dificuldade, a personalidade do oponente e registre todos os movimentos do jogo.
Espelho mágico
O pequeno computador também já foi usado para a construção de “espelhos mágicos”, que além de mostrar seus belos olhos apresentam itens como calendário, manchetes de jornais, informações de trânsito e mensagens personalizadas. Para construir um, é preciso ter um monitor LCD (pode ser daquela TV antiga que você não usa mais), um espelho e algum software de código aberto como o MagicMirror2.
“Smartphone” com cara de brinquedo
Esse telefone falante já ajudou o xerife Woody a se salvar no filme Toy Story 3. Nas mãos de um inventor, o aparelho de criança passou de reprodutor de falas gravadas a uma espécie de smartphone. O telefone de plástico preserva a aparência original do brinquedo que começou a ser vendido na década de 1960, mas tem um menu para tocar as principais rádios, dar a previsão do tempo e listar os filmes mais vistos na semana. Tudo isso programado para ser controlado pelos botões de discagem e o gancho do aparelho.
Um chá, por favor
Outro projeto curioso criado a partir do Raspberry Pi é uma máquina de fazer chá. Desenvolvido pelo estudante James Pavur, o aparelho promete um chá de qualidade na temperatura ideal, com pouco esforço e sem ter que gastar muito. O equipamento aceita comando de voz, pode ser controlado pela internet ou mensagens de texto. Já pensou em ter uma bebida pronta assim que chegar em casa? Ou se levantar da cama com o chá pronto?
Bicicleta turbinada
Um ciclista resolveu criar um computador para a sua bike. O sistema tem três partes: um dispositivo Raspberry Pi com bateria (que ficam em uma bolsa na parte traseira da bicicleta), uma placa de PC com GPS e um Kindle (montado no guidão). Nas rodas, foram instalados sensores para medir a velocidade e a distância da viagem. Assim, dá para escolher o melhor caminho e monitorar o seu desempenho sob duas rodas.
“Pâncreas” artificial
A norte-americana Dana Lewis tem diabetes tipo 1 e precisa monitorar com muita frequência a taxa de glicose no sangue. Isso significa que seu pâncreas não funciona corretamente e seu organismo não consegue transformar a glicose dos alimentos ingeridos em energia para o corpo. No caso de Dana, a saída foi seguir uma alimentação controlada e aplicar diariamente insulina.
O problema é que o monitoramento da taxa de glicose pode ser bem incômodo, como picar o dedo até 12 vezes por dia, e a dose deve ser ingerida o mais rápido possível e na quantidade correta. Diante disso, Dana e o marido desenvolveram um dispositivo com o Raspberry Pi para manter sua taxa de glicose sempre adequada. O equipamento, que eles chamaram de “pâncreas artificial”, recebe os dados de um monitor de glicose subcutâneo e emite comandos para sua bomba de insulina, quando necessário.
Um drone
O Raspberry Pi pode ainda ser uma ótima placa para a montagem de um drone que atenda às suas necessidades. Um bom exemplo é o ROV, um drone submarino caseiro que já mergulhou em um lago na Holanda.
Ele foi feito a partir de peças produzidas por uma impressora 3D, um dispositivo de Raspberry Pi, sensores e uma câmera HD. Segundo os inventores, o aparelho já chegou a 12 metros de profundidade, mas foi projetado para mergulhar mais fundo. As imagens e informações captadas pelo aparelho são transmitidas em tempo real para o seu condutor. O Raspberry Pi também já foi usado em drones terrestres, como o PiBorg 4Borg. Esse modelo pode ser construído em menos de duas horas e é mais simples de montar que um drone voador, pelo menos é o que prometem os tutoriais publicados na internet.
Câmera GIF
Também é possível construir uma câmera para capturar GIFs curtos com o Raspberry Pi. Foi o que fez Nick Brewer, que criou uma máquina exclusiva para GIFs animados a partir um Raspberry Pi, uma câmera específica para o dispositivo, uma bateria e algumas pequenas peças. A finalização ficou por conta de uma embalagem feita em uma impressora 3D e um adesivo com cara de anos 1990.
Cabine de foto digital
Você já pensou em ter uma cabine exclusiva para que os convidados possam tirar fotos e enviá-las durante a sua festa? Pois é, dá para fazer isso sem precisar contratar uma empresa especializada, desde que você tenha os itens corretos. De um modo geral, basta ter uma placa Raspberry Pi, um módulo de câmera específico para o dispositivo e uma tela sensível ao toque. Para fazer o equipamento funcionar, você precisará instalar um software específico e executar algumas etapas de configuração. Na cabine, um simples toque na tela vai iniciar a contagem regressiva para a foto. Depois da captura, a imagem pode ser enviada por e-mail ou compartilhada com outros convidados.
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