Moto Z2 Force evolui pouco, mas traz tela "inquebrável" como destaque
Para quem usou o Moto Z lançado no ano passado no Brasil, é uma sensação estranha pegar no Moto Z2 Force pela primeira vez. Apesar dele estar levemente mais fino que seu antecessor, o Moto Z Force que não foi lançado no Brasil, ele é um pouco mais espesso que o Moto Z comum. Ou seja, passa uma falsa impressão de que engordou em vez de emagrecer, porque estamos falando de modelos diferentes, mas parecidos.
Dito isso, o Moto Z2 Force ainda é um celular bastante fino em relação à concorrência, com seus 6,1 milímetros. De frente, quase passaria por um Moto Z de 2016 se não fosse o sensor de digitais, agora mais arredondado como no restante da linha da Motorola lançada neste ano. Ainda é um celular um pouco difícil de segurar para quem tem mãos pequenas e faz questão de usá-lo com uma mão só.
É um problema não só da Motorola, mas uma crise de identidade geral das fabricantes de celulares, ainda que os primeiros modelos de “tela infinita” da Samsung e LG tenham amenizado isso em parte. Só que a linha Moto Z tem uma questão que amarra ainda mais seu design atual: a compatibilidade a longo prazo com os acessórios Moto Snaps, o que praticamente trava qualquer possibilidade de reformatar suas dimensões.
Como assim tela inquebrável?
A tela ShatterShield, já presente no Z Force de 2016, ganhou um espaço de testes no lançamento, com todo mundo tendo seu direito de jogá-lo no chão a quase dois metros de altura. E de fato ele permaneceu intacto. Se for tudo isso mesmo no dia a dia, vai ser a glória de quem já passou raiva com iPhones e Galaxys quebradiços.
O resultado obtido pela tela ShatterShield (que em tradução livre significa “proteção contra estilhaços”) ocorre pela presença de um display mais resistente e pelo fato de o aparelho ser um monolito envolto com liga de alumínio de série 7.000 – este tipo de metal, além de resistente, é caracterizado pela leveza – o que em parte é responsável pela leveza do dispositivo, com suas 143 gramas.
De acordo com o site da Motorola em inglês, a tela e as lentes do dispositivo têm garantia contra estilhaços por até quatro anos após a compra do dispositivo. Então, aparentemente, pelo menos a empresa confia bem em sua tecnologia, pois haja cobertura para tanto conserto.
Evoluiu e reduziu a bateria?
O design ainda levou a outro problema: a redução da capacidade da bateria, que a empresa tentou dar uma disfarçada no evento de lançamento, optando por não mencionar o número de miliamperes -- a informação só apareceu depois na ficha técnica do Z2 Force no site oficial da Motorola. Afinal, como ficar mais fino e leve sem perder autonomia de energia? Essa resposta ainda não existe, e por isso ela foi dos 3.500 mAh do ano passado para os 2.730 mAh atuais.
A empresa reforçou com a imprensa o ponto de que o celular dura o dia todo de uso e que seus consumidores preferem um modelo fino e de bateria só ok a algo pesado com bateria maior. No ano passado havia um celular que conseguia te levar até a dois dias ou mais de uso, o Moto Z Play. E tanto ele quanto o Z Force perderam miliamperes (medida de capacidade de bateria), e com isso a empresa perdeu a chance de se destacar da concorrência e livrar as pessoas da necessidade de deixarem seu celular carregando toda noite.
Mas pode ser que a bateria nos surpreenda no teste final, assim como a câmera dupla de 12 MP. Nos minutos de uso que tive, deu para perceber que o zoom digital de 8x é relativamente bom, porém é imperdoável não ter um zoom óptico (que usa lentes em vez de software para efetuar o zoom).
Além disso, o app da câmera conta com três efeitos. Um deles, o de borrar o objeto a frente ou o fundo após o clique, parece bem legal e bate de frente com o que vimos no iPhone 7 Plus. Já os outros dois ainda estão como beta: pôr parte da imagem em preto e branco, e trocar o fundo da imagem pelo de outra foto. São mais firulas do que algo importante.
Sem apresentar nenhum problema de desempenho -- estava rodando jogos muito bem no novo Moto Snap de gamepad -- aparentemente o processador Snapdragon 835, os 4 GB de RAM e o Android 7.1 deverão performar bem no Z2 Force. No mais, o saldo até aqui é de um celular que mudou só alguns detalhes em relação ao modelo original, demonstrando assim uma certa prudência (ou pouca ousadia, talvez) por parte da Motorola. Ficamos à espera dele no Brasil para testes mais profundos e ver como ele se sai no concorrido mercado dos celulares top de linha.
Ficha técnica: Motorola Moto Z2 Force
Tela: 5,5 polegadas Quad HD 1440p (1440 x 2560)
Sistema operacional: Android 7.1
Processador: Snapdragon 835 Octa-Core de até 2,35 GHz
Memória: 64 GB de armazenamento (expansível até 2 TB) e 6 GB de RAM (4 GB de RAM nos EUA)
Câmeras: Dupla de 12 MP (traseira) e 5 MP (frontal)
Dimensões: 76 x 155,8 x 6,1 mm
Porta: USB-C para fone de ouvido, carregar o aparelho e transferir dados (não tem entrada de fone de ouvido)
Bateria: 2.730 mAh
* O jornalista viajou a convite da Motorola
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