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Pendrives se reinventam e passam a turbinar memória dos celulares

Pendrives para celular USM-SA2, da Sony, e Dual Drive USB Type-C, da Sandisk - Divulgação
Pendrives para celular USM-SA2, da Sony, e Dual Drive USB Type-C, da Sandisk Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

16/08/2017 04h00Atualizada em 16/08/2017 19h25

Quem usa smartphone Android sabe que há muito tempo conta com a alternativa de guardar muitos arquivos, sobretudo os mais pesados, como vídeos, em um cartão de memória extra. Mas há algum tempo os pendrives passaram a ser mais uma opção para isso.

Populares até o final da década passada, os pendrives foram os primeiros grandes substitutos dos disquetes. Com eles você podia transferir arquivos entre um computador e outro usando as portas USB. Com armazenamento médio entre 512 MB e 8 GB, eles foram grandes aliados em um período em que a transferência de arquivos pela nuvem, via serviços como Dropbox e Google Drive, ainda eram um sonho distante.

Mas agora eles ganham uma sobrevida ao serem adaptados para as portas microUSB de celulares e para o padrão mais recente, o Type-C (ou tipo C). As versões mais recentes do sistema Android -- 6.0, 7.0 e 7.1-- já suportam esses produtos como uma memória extra, e os arquivos podem ser transferidos por meio de um app gerenciador de arquivos, que mostra as pastas e arquivos de forma muito parecida com o Windows Explorer, nos PCs.

Utilizando

Ao plugar um pendrive na entrada microUSB do celular, o Android reconhece-o e mostra no alto da tela principal, na área de notificações, quando você desliza o dedo de cima para baixo.

É só clicar na notificação do pendrive --identificado pelo símbolo do USB, aquele tridente com um triângulo, um círculo e um quadrado nas pontas -- e começar a navegar no conteúdo dele, gerenciando pastas e arquivos. Isso se o seu celular já estiver com o gerenciador de arquivos instalado, claro.

Chamado de Dual USB, têm dois conectores --um USB normal para PCs e o outro para celular --,que se alternam por meio de algum truque, como uma alavanca que desliza --tipo os canivetes automáticos -- ou um corpo que gira e troca de conector.

A maior vantagem de um pendrive desse tipo é não precisar de um computador para descarregar de imediato parte do conteúdo que porventura estiver lotando a memória do seu celular, como fotos e vídeos de uma viagem. Além do que, você pode rodar esse mesmo conteúdo direto do pendrive sem problemas.

Por exemplo, se seu celular não tiver memória livre suficiente para guardar um arquivo de um filme longa-metragem --que ocupa pelo menos 700 MB-- você pode guardá-lo no pendrive e sacá-lo para ver o filme durante uma viagem de ônibus ou de avião. Ou seja, faz praticamente o mesmo que um cartão microSD.

Pendrives Dual USB já são comercializados no Brasil via marcas como Sandisk e Sony e tendem a ter mais memória e serem mais caros que pendrives comuns: enquanto um comum de 16 GB da Sandisk custa cerca de R$ 30, uma versão Dual USB da mesma marca vale mais de R$ 40. Outros modelos têm 32 a até 256 GB e os preços podem superar os R$ 120.

UOL testou um modelo da Sony da série USM-SA2 (16 GB) e outro da SanDisk, o Dual Drive USB Type-C (32 GB). Ambos se saíram bem, transferindo fotos e vídeos sem problemas, apenas a costumeira espera em arquivos mais pesados. Eles têm preço sugerido de R$ 85 e R$ 110, respectivamente.

Outra má notícia é que esses produtos não conseguem armazenar tudo: guardar músicas do Spotify ou filmes do Netfilx offline, para ficar em dois exemplos, não rola. Mesmo que os apps já aceitam os cartões SD para esse fim, eles não reconhecem os pendrives para isso.

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Reuters