Da China ao mundo, virou moda: tela infinita faz diferença no celular?
Sem saber muito para onde evoluir, as fabricantes de celulares, vez ou outra, criam “modas” para incentivar a compra de smartphones. Foi assim com o leitor de digitais e com a câmera dupla, que já se espalham por vários modelos por aí. A bola da vez é a chamada “tela infinita”.
A inovação visa preencher toda a parte frontal do aparelho com tela, deixando o aparelho praticamente sem bordas. O visual fica mais simples e normalmente a primeira coisa que o usuário pensa é: como os celulares não foram assim desde o início?
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Mais tela, menos corpo
O principal diferencial desses modelos com tela infinita é aumentar bastante o display do celular, sem elevar o tamanho do dispositivo na mão dos usuários. Isso é cada vez mais o desejo dos consumidores.
Tomemos como exemplo o Galaxy S8, da Samsung. Ele conta com tela infinita de 5,8 polegadas, em um corpo que tem proporções de 148,9 x 68,1 x 8 mm (altura x largura x profundidade). Um ano antes, o Galaxy S7 foi lançado com dimensões praticamente iguais: 142,4 x 69,6 x 7,9 mm e uma tela de apenas 5,1 polegadas.
Na Apple, a mesma coisa aconteceu. O iPhone 7 Plus, lançado em 2016, tinha dimensões de 158,2 x 77,9 x 7,3 mm em uma tela de “apenas” 5,5 polegadas, mas recheada de bordas. O aguardado iPhone X, com display de 5,8 polegadas, tem um corpo bem inferior ao 7 plus: 143,6 mm x 70,9 mm x 7,7 mm.
Ou seja: as fabricantes cumpriram com louvor a missão de entregar uma tela maior em um corpo menor, grande desejo dos consumidores. Isso foi alcançado ao tirar bordas em cima e embaixo do aparelho, preenchendo com tela - você pode ver a comparação no infográfico ao fim do texto. A tecnologia que transformou o botão físico em virtual também foi vital para isso.
Tudo isso com uma meta: melhorar a experiência do usuário com vídeos. Cada vez mais os smartphones viram "TVs portáteis" em que o usuário assiste Netflix, YouTube e outros aplicativos de vídeo. Mas foram necessárias acomodações para essa tecnologia surgir, como a citada mudança no botão home e de alterações no leitor de digitais - na Samsung foi para a traseira, enquanto no iPhone deixou de existir.
Não tenha medo do touch
Um dos grandes receios de usuários em relação a aparelhos com a parte frontal inteira preenchida com tela é como evitar que o touch seja ativado sem querer. Bom, é claro que quem está acostumado a usar as bordas para ajudar na “pegada” do smartphone pode sentir uma estranheza no início. Mas pode confiar: isso passará rapidamente.
Há em meio a isso o temor por toques “sem querer” no dispositivo que acabariam abrindo aplicativos contra a vontade do usuário – principalmente nos modelos da Samsung, que têm a tecnologia edge-to-edge quase eliminando realmente as bordas dos lados. Isso também ocorre raramente. Tudo vai depender, também, do tamanho do smartphone e de sua "pegada".
Quem foi o primeiro? Qual tela infinita é melhor?
A gente pode começar essa história da tela infinita com celulares que ficaram quase sem bordas dos lados, como a linha S da Samsung fez a partir do S6 edge. Mas a origem real da verdadeira tela infinita vem da China e tem nome: o Xiaomi Mi Mix, que não é vendido em lojas brasileiras. Ele foi uma evolução de um modelo apresentado pela Sharp há três anos, que contava com bastante borda apenas na parte de baixo do aparelho.
O smartphone foi lançado em outubro de 2016 e conta com uma tela de 6,4 polegadas que cobre quase toda a parte frontal do aparelho. Apenas a parte de baixo frontal do modelo não tem display. O Mi Mix 2 já foi lançado e conseguiu diminuir ainda mais a borda embaixo. O smartphone chinês é o que tem a tela mais infinita no mercado.
Entre as fabricantes que operam no Brasil, a LG foi a primeira a apresentar um celular nesses moldes. O LG G6 foi apresentado no fim de fevereiro com tela infinita e chegou ao Brasil em abril. Apelidado de “tela de cinema” por causa de sua proporção de 18:9, o modelo também encanta, mas dá menos imersão do que outros celulares.
Ele conta com um pouco de borda nos lados, em cima e embaixo. A LG também já tem mais dois celulares nesses moldes: o LG V30 e o LG Q6. Garantimos para você; em breve os celulares de todas as fabricantes vão seguir esses padrões.
A Samsung foi a companhia responsável por dar o apelido “tela infinita”, graças à sua apresentação do Galaxy S8. O modelo é incrível por causa do edge-to-edge dos lados, que deixa a tela realmente com a sensação de imersão ao usuário. Ainda existem pequenas bordas em cima e embaixo. A Samsung tem à venda também o S8+ e o Note 8 seguindo a moda dos displays ocupando toda a frente.
A última das grandes fabricantes a apresentar até agora um celular com tela infinita foi a Apple, com o comemorativo iPhone X. Mas o modelo tem um ponto negativo e um positivo visual em relação aos outros concorrentes. O positivo é que entre todas as telas infinitas que já apareceram ele é o que mais conseguiu remover a borda na parte inferior frontal.
O ponto negativo está na parte superior. Há um “corte” no topo da tela infinita para posicionar sensores da câmera e do novo Face ID. Isso tira o aspecto de “infinita” e pode incomodar usuários. A Apple ainda incentiva os aplicativos a usarem os cantos de tela ao redor desse “corte”.
Qual é o mais barato?
No início restrita apenas a modelos tops de linha, a “tela infinita” já começa a chegar aos poucos a modelos mais acessíveis, como já aconteceu com o leitor de digitais e com a câmera dupla. Em termos de preço, quem sai na frente é a LG.
O Q6, por exemplo, tem uma tela infinita semelhante ao LG G6 e um preço bem barato considerando os modelos tops de linha: custa “apenas” 1.300. O modelo, contudo, não é totalmente premium – não tem, por exemplo, leitor de digitais. Mas se você quer tela infinita por um preço baixo, vale a pena.
O LG G6 foi lançado no Brasil custando R$ 3.999. Agora já é possível achar o mesmo modelo por R$ 2.500, mais condizente com suas configurações de “ótimo intermediário com jeito de top de linha”. Com câmera dupla que tira fotos grande angular, mas com um processador um pouco inferior em relação ao melhores smartphones, o modelo tem um bom custo-benefício.
O Galaxy S8 também já começa a se destacar graças a uma queda de preço. O modelo tem a tela mais infinita entre os celulares que chegaram ao Brasil e o preço passou de R$ 3.999 para R$ 3.300. Ainda é, contudo, bem caro. O Note 8 com certeza chegará custando ao Brasil um valor superior a R$ 4 mil.
O mesmo caso do Note 8 deve se repetir com o iPhone X. Ainda sem preço anunciado pela Apple, o smartphone mais caro já feito pela maçã pode até ultrapassar a barreira dos R$ 5 mil. É aguardar para ver.
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