Já era hora! Celulares terão GPS com precisão de até 30 cm em 2018
Você está cansado de errar no trânsito porque o GPS não te mostrou direito onde você estava? Pois é possível que essa situação que deixa todos nós irritados – com exceção, talvez, dos donos de postos de gasolina que lucram com o retorno que acabamos fazendo – esteja com os dias contados. Uma empresa anunciou que a partir do próximo ano celulares deverão ter um GPS com precisão de até 30 centímetros.
Essa situação vai ser benéfica principalmente para quando estamos sendo guiados em ruas que ficam lado a lado. Um exemplo é a Marginal Tietê, em São Paulo, em que existe uma pista local, uma expressa e uma central. Os GPS atuais raramente acertam em qual das três você está.
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No último mês de setembro, a Broadcom apresentou amostras do primeiro chip enviado em massa ao mercado que se aproveita de uma nova geração de satélites globais de navegação. Essa nova tecnologia poderá oferecer aos smartphones uma precisão de até 30 centímetros do local em que o dispositivo está – atualmente, esse número é de cinco metros.
Os novos chips ainda funcionariam em “cânions de concreto” das grandes cidades e consumiriam metade da energia da atual geração. O novo chip já foi incluído no design de alguns smartphones previstos para serem lançados em 2018, mas a Broadcom não revelou os modelos.
Como funciona a nova tecnologia
Os satélites globais de localização costumam enviar um sinal chamado de L1 para os dispositivos, com informações como a localização do satélite, o horário e um padrão de assinatura identificador. Os equipamentos com GPS determinam sua posição ao calcular sua distância em relação a três ou mais satélites.
Essa nova geração no chip utiliza, além do L1, um sinal chamado de L5, mais complexo e em uma diferente frequência. Ele é superior especialmente em cidades porque é muito menos suscetível a distorções por reflexões que ocorrem no caminho.
Em uma grande cidade, o sinal do satélite atinge o receptor tanto diretamente quanto ao refletir em um ou mais prédios. O sinal direto e o refletido chegam em horários com um pouco de diferença e em alguns casos isso pode provocar distorções. Isso tem bem menos chances de ocorrer com o sinal L5.
Já existem sistemas que utilizam o sinal L5, mas eles são restritos a usos industriais como exploração de óleo e gás. Agora, a tecnologia deve chegar ao grande público, muito por causa da maior quantidade de satélites com o sistema L5 em órbita.
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