Abandonado em vários países, o telegrama ainda é muito popular no Brasil
Em 29 de dezembro, a empresa de telecomunicações Proximus encerrará o serviço de entrega por telegramas na Bélgica.
O país será apenas o último em uma longa lista de países que deixaram de utilizar o telegrama como forma de comunicação nos últimos anos, incluindo os EUA (2006), Irlanda (2002), Suécia (2002), Índia (2013), entre outros.
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O telégrafo e o telegrama foi uma das maiores revoluções tecnológicas do fim do século XIX e início do século XX, sendo considerado o o precursor dos meios de comunicação por longa distância, abrindo caminho para o telefone, rádio e internet.
Nas últimas décadas, porém, com a expansão e popularidade destes meios de comunicação, o telegrama começou a perder seu espaço em boa parte do mundo.
O Brasil, porém, não é um deles.
De acordo com dados dos Correios, mesmo nestes tempos de SMS, WhatsApp e - ironicamente - Telegram, o telegrama tradicional continua como uma forma popular de mandar mensagens no país, principalmente por seu status como um documento oficial e com "valor probatório".
"O telegrama é, ainda, o tipo de mensagem que se recebe com expectativa: pode ser a convocação para uma vaga em um emprego público ou uma felicitação por aniversário.", diz o serviço de Correios no comunicado "Telegrama ainda tem espaço no mundo digital".
O texto chega a dizer que 4 milhões de telegramas foram enviados via internet até novembro de 2017 (obviamente, usar um telégrafo em si para mandar estas mensagens é contraprodutivo). Em conversa com a assessoria dos Correios, UOL Tecnologia descobriu que na verdade o número correto é de 10 milhões de telegramas.
Além disso, mais 3 milhões de mensagens são recebidas via agências ou telefone - chegando a um total de 13 milhões. Para uma base de comparação, em 2017 a Proximus enviou apenas 8 mil telegramas na Bélgica.
Por isso, é provável que ainda demore um pouco para o Brasil considerar o fim do telegrama como meio de comunicação. E você pode encomendar seu próprio telegrama - nacional ou internacional - via o site oficial dos Correios. Como dito antes, a forma mais popular - e barata - de enviá-los é via internet, saindo a partir de R$ 7,70 em território nacional e R$ 10 em território internacional.
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