Uber precisou contratar uma "chefe de diversidade" para resolver escândalo
Quase um ano após a ex-funcionária Susan Fowler revelar a cultura de assédio sexual e mau tratamento de funcionárias, o Uber contratou uma executiva dedicada exclusivamente à representatividade e diversidade para ver se agora a empresa entra nos trilhos.
Bo Lee Young, atual chefe de diversidade da companhia Marsh & McLennan, assumirá em março o novo cargo de executiva-chefe de inclusão e diversidade da companhia de transporte particular.
Esta é a terceira grande contratação feita pelo novo CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, e é mais uma tentativa de responder às críticas de Fowler e a um relatório criado pelo ex-procurador-geral dos EUA Eric Holder e sua sócia, Tammy Albarran, sobre os problemas de representatividade encontrados na estrutura corporativa da empresa.
Veja também:
- Justiça derruba decisão de SP que limita carros de apps
- Vírus do Android finge ser Uber para roubar dados de usuários
- Criminosos estão usando dados do Uber? É possível hackear o app?
O relatório de Holder e Albarran recomenda que a chefe de inclusão e diversidade responda diretamente ao CEO ou ao COO Barney Harford, mas, por enquanto, Young responderá à executiva-chefe de Recursos Humanos, Liane Hornsey.
Além disso, o antigo responsável pelo setor de diversidade dentro da empresa, Bernard Coleman, trabalhará sob o comando de Bo Lee Young.
Histórico de denúncias
Em março do ano passado, o Uber publicou um relatório próprio sobre diversidade na companhia, indicando que salários de funcionárias mulheres chegam a um terço em relação aos homens, e que nenhum negro ou latino tinha um cargo de liderança dentro da empresa.
Antes, a empresa demitiu 20 funcionários após investigar uma série de denúncias de assédio. O estopim foi o depoimento de Susan Fowler, que disse ter sido assediada de forma moral, sexual e sexista por seus superiores, ressaltando que todas as queixas feitas no departamento de recursos humanos foram ignoradas.
Logo após o depoimento de Susan vir à tona, uma outra ex-funcionária divulgou um texto, intitulado "Eu sou uma sobrevivente da Uber, onde definiu seu tempo na empresa como "esgotante, implacável, emocionante e desgastante", relatando situações parecidas com as descritas por Susan.
Um escritório de advocacia foi contratado para analisar 215 queixas de funcionários. Vários executivos seniores, incluindo chefes de finanças, de crescimento, de engenharia e de políticas e comunicações deixaram a empresa.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.