Lojas online têm uma tentativa de golpe a cada 5 s; cartão clonado lidera

O comércio eletrônico brasileiro sofreu em 2017 uma tentativa de fraude a cada cinco segundos. É o que aponta o "Raio-X da Fraude", estudo elaborado pela Konduto, empresa do segmento de proteções antifraude no e-commerce.

O índice de tentativas de golpes virtuais em compras online foi de 3,03%, uma pequena queda em relação ao ano anterior, quando 3,58% das transações sofreram um ataque. Apesar da redução, a taxa é considerada.

A tática mais comum, entre as várias utilizadas por hackers, envolve cartão de crédito clonado.

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O estudo levou em consideração uma amostragem de cerca de 40 milhões de transações entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2017. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, o e-commerce nacional recebeu mais de 203 milhões de pedidos ao longo de 2017.

Se 3,03% das compras forem fraudulentas, mais de seis milhões de transações tiveram ação de estelionatários, o que representa o número de uma a cada cinco segundos.

Mas, é bom frisar, a maioria das tentativas de fraude não é aprovada pelo site alvo dos golpistas. 

"A maioria destas transações é barrada pelos sistemas anti-fraudes ou pelo lojista antes mesmo da aprovação do pagamento na hora da compra, e os produtos sequer são enviados", aponta Tom Canabarro, cofundador da Konduto.

Um e-commerce saudável não pode ter uma taxa de fraudes superior a 1% do faturamento, sob risco de advertências, multas e até mesmo descredenciamento junto às operadoras e bandeiras de cartão de crédito

Dia e horário preferido

O raio-x ainda revelou algumas particularidades do fraudador. A maior parte das fraudes ocorre às quartas-feiras (19,08%). O horário da noite também é o preferido para quem faz compras ilegítimas (assim como para as verdadeiras): 37,40% das compras sob suspeita ocorreram entre 18h e 23h59.

Da mesma forma como ocorre nas transações regulares, o computador é o meio favorito usado por quem busca fraudar sites, com 86% das tentativas. O Windows e o Chrome são, respectivamente, o sistema operacional e navegador preferidos tanto de fraudadores quanto de consumidores.