Não é feitiçaria: Google pretende prever diagnósticos médicos com dados
Não é suficiente para o Google ser seu principal tira-dúvidas na internet, além de fornecer mapas, guardar fotos, gerenciar seus e-mails e te dar uma infinidade de serviços. Agora ele quer substituir os médicos tentando prever qual é o diagnóstico de um paciente que deu entrada no hospital. Como? Com inteligência artificial, claro.
Um novo documento de pesquisa, publicado em 24 de janeiro com 34 coautores --31 deles trabalham no Google-- e não revisado por pares, afirma ter criado um programa que prevê se um paciente morrerá no hospital, receberá alta ou será readmitido, além de seu diagnóstico final. A novidade foi publicada no portal "Quartz" neste sábado (27).
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A mania das pessoas por pesquisar doenças e sintomas no Google é algo tão preocupante que já tem até nome: cibercondria.
Já o novo método do Google usou 46 bilhões de categorias de dados pessoais e médicos de mais de 216 mil adultos não identificados. Os dados abrangem 11 anos de dois hospitais diferentes: o Centro Médico da Universidade de São Francisco (de 2012 a 2016) e a Universidade de Medicina de Chicago (de 2009 a 2016).
Embora os resultados não tenham sido validados, o Google declara ter obtido grandes melhorias em relação aos métodos tradicionais de hoje. Seu maior mérito, dizem, é a capacidade de prever as mortes dos pacientes de 24 a 48 horas antes dos métodos atuais, o que poderia permitir tempo para os médicos administrarem procedimentos de salvação.
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Os maiores desafios para os pesquisadores que estão "treinando" os algoritmos são as fichas de dados de pacientes mal preenchidas em alguns casos e as notas escritas à mão por médicos. Pois é, nem mesmo o Google entende aquela caligrafia misteriosa tão comum na comunidade médica.
Para compensar isso, o Google usa três redes neurais complexas e profundas que aprendem com todos os dados e determinam quais deles são mais impactantes para os resultados finais. Depois de analisar milhares de pacientes, o sistema identificou quais as palavras e eventos mais próximos dos resultados, e aprendeu a prestar menos atenção ao que determinou ser "dados estranhos".
O Google não respondeu às perguntas do portal "Quartz" sobre o assunto.
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