Um filme pode ser todo produzido no iPhone? Para Steven Soderbergh, sim
iPhones têm câmeras ótimas. É uma afirmação que mesmo os fãs mais ardorosos dos celulares Android têm que admitir. Mas essas câmeras são boas o bastante para fazer um filme longa-metragem profissionalmente?
Steven Soderbergh acha que sim. Ele é o diretor de filmes aclamados como "Erin Brockovich" e "Onze Homens e um Segredo" e sua produção mais nova é "Unsane", um filme de terror inteiramente filmado em um iPhone 7 Plus, segundo o site "Inverse".
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O trailer saiu nesta segunda-feira (29), e o filme estreia em 23 de março nos EUA.
Tirando o fato de ter algumas cenas um pouco escuras --o que, neste caso, tudo bem, pois é um filme de terror-- até que a qualidade não deve em quase nada a de câmeras de cinema convencionais.
Não é a primeira vez que isso acontece. A comédia dramática "Tangerine", de 2015, foi o primeiro longa-metragem filmado dessa forma --na época, com iPhones 5S.
O último filme do diretor Sean Baker, "The Florida Project", que foi parcialmente filmado usando um iPhone 6S, recebeu uma indicação de Melhor Ator Coadjuvante para o Oscar deste ano.
Até no Brasil já tivemos um assim: “Charlote SP”, de 2016, foi o primeiro filme nacional a ser gravado com um iPhone 5 na época.
Mas Soderbergh é talvez o primeiro diretor aclamado internacionalmente a usar celular como principal método de filmagem.
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"Eu acho que esse é o futuro", disse Soderbergh sobre o processo para o site "Indiewire":
Qualquer um que veja este filme e que não tem ideia da história da produção não imaginará que foi filmado no telefone
Se gostou da experiência e vai continuar fazendo futuros filmes usando smartphones em câmeras de celulares top de linha? Soderbergh parece bastante convencido:
As pessoas esquecem que é uma captura em [alta resolução] 4 K. Já vi em tela grande, parece de veludo. Isso é uma mudança de jogo para mim
Vale lembrar que Soderbergh já produziu um app para iPhone chamado "Mosaic", que é um tipo de filme multifacetado em que o espectador pode escolher por ver a história da perspectiva de diferentes personagens, além de usar outros formatos como mensagens de voz, e-mails e recortes de notícias.
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