Nas paredes, no braço, na roupa: como vamos usar os aparelhos do futuro?
Desde que embarcamos em uma jornada sem volta na computação --primeiro nos computadores, depois nos celulares, e em breve em outros aparelhos-- temos encarado telas demais. Vidro emitindo luz tem sido nossa principal interface com o mundo para receber dados. E no caso das telas sensíveis ao toque, para dar comandos também.
O site "Co.Design" elencou algumas das novas formas de interface que cientistas estão desenvolvendo. Elas foram apresentadas na Conferência CHI 2018, em Montreal (Canadá), que ocorreu em abril. O evento discute os mais recentes avanços na interação humano-computador.
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Suas paredes serão telas de toque
Esta colaboração entre a Disney Research e o Grupo de Interfaces Futuras da Carnegie Mellon transforma uma parede simples em uma tela sensível ao toque com camadas de tinta condutora e fita de cobre que custam apenas US$ 20 (nos EUA) por 10,75 metros quadrados. Isso pode ser útil para transformar certos pontos da parede do quarto em botões que acendem as luzes, ou uma sequência de toques como senha para abrir uma porta.
Água como uma interface em si
O Grupo de Mídia Tangível do MIT Media Lab usa uma técnica chamada "eletrowetting" para mover eletricamente gotas de água em uma superfície, criando uma interface de computador à base de água. No vídeo de demonstração, uma gota é manipulada pelo usuário em um tabuleiro de jogo, e as demais são programadas para fugir quando essa gota se aproxima, como um tipo de "Pac-Man".
Também podem misturar gotas de corantes distintos para criar tons novos. Acima, também podemos ver a mensagem “tenha um bom dia” desenhada no telefone sendo exatamente reproduzida no vapor d'agua do espelho do banheiro.
Brinquedos monitorando saúde
O BioFidget é um fidget spinner que também possui um sensor de variabilidade de frequência cardíaca e um sensor de respiração. Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven criaram o spinner para medir a redução de estresse: você sopra sobre as pontas dele para fazê-lo girar, e vai se acalmando com isso. As luzes branca e vermelha do aparelho acendem para informar quando a frequência cardíaca e o pulso diminuíram.
Sua pele será a tela
O smartwatch tem uma tela pequena demais? Então que tal usar a pele de seus braços e mãos como tela adicional? Este é outro projeto do Grupo de Interfaces Futuras da Carnegie Mellon. Chama-se LumiWaatch e pode emitir luzes que reagem ao nosso toque mesmo. É algo como o projetor Xperia Touch da Sony, que faz a mesma coisa em mesas e paredes.
Sua roupa vai falar com você
O Facebook --sim, o próprio-- criou um sistema que traduz palavras em vibrações táteis identificáveis nas mangas do usuário. Assim, determinados fonemas ou sons de uma palavra podem tocar o braço da pessoa em pontos correspondentes. Isso pode ser bem útil para pessoas com deficiência visual, pois é praticamente uma versão high-tec do sistema Braille. Mas se é mesmo esta a intenção do Facebook, não sabemos ainda --a empresa não respondeu aos pedidos de entrevista do "Co.Design".
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