LG G7 ThinQ é ótimo para quem gosta de tirar fotos e ver vídeos no celular
Se a tela compridona já era um destaque do LG G6, seu sucessor evoluiu nesse sentido e ganhou pontos em inteligência. Lançado no Brasil na última sexta-feira (6), o LG G7 ThinQ é ótimo para assistir Netflix e ver Stories, além de trazer uma câmera versátil e capaz de ler os objetos que aparecem na tela, direcionando o modo automático.
O preço inicial é o mesmo do modelo anterior: R$ 3.999, mas a empresa diz que usou componentes mais avançados.
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A câmera é a parte que recebeu a melhoria mais significativa. Reorganizada, a câmera traseira passou a ter uma lente sobre a outra, em vez de uma do lado da outra. Ambas tiram fotos com 16 MP e uma delas é grande angular, o que resulta em fotos bem abertas.
Já a câmera frontal passou a ter 8 MP e manteve a grande angular, o que resulta em selfies com qualidade superior. O modo retrato está disponível nas duas câmeras e funciona bem – meu ombro saiu um pouco borrado em uma foto, mas fora isso o efeito foi perfeito.
As duas câmeras ainda trazem um modo de ajuste automático com inteligência artificial -- que é 8 ou 80: ou identifica a situação (foto de cachorro, prato de comida, escritório) e tira uma foto nas configurações ideais ou faz uma associação sem sentido e modifica a saturação e outros detalhes que distorcem a cena registrada.
Outra inteligência embutida no G7 é a do Google Lens, que permite a tradução rápida de textos, o escaneamento de textos para edição manual ou o reconhecimento de um produto só a partir da imagem, com o Google indicando uma página para a compra do mesmo. Essa última utilidade não funciona muito bem ainda, porém as duas primeiras são práticas para quem precisa desempenhar tais tarefas.
Inspiração óbvia no iPhone X
É escancarada a inspiração no iPhone X para o design da parte frontal do G7. O modelo da LG traz um entalhe no topo da sua tela, embora um pouco mais estreito do que o do concorrente. A câmera de selfie fica nele, assim como sensores infravermelho e a saída de áudio do telefone.
O resquício de tela que fica ao lado do entalho só é aproveitado para mostrar bateria, conexão wifi, notificações e horário. Ao assistir vídeos, essa faixa é preenchida em preto, para parecer uma borda contínua que inclui o apêndice da câmera.
A tela tem 6,1 polegadas e usa a tecnologia Quad-HD (QHD), de resolução de 3120x1440, maior do que de alta definição 1080p (1920x1080), mas menor que o 4K (3840x2160) --os Galaxy S9 e S9+ também adotaram esse formato. Ela é bem ampla, preenchendo quase toda parte frontal do celular – milímetros são desperdiçados com a borda superior, as laterais e a inferior.
Aplicativos como a Netflix e o Instagram Stories fazem bom uso de todo esse espaço, porém nem todos apps são otimizados para ele. O YouTube, por exemplo, deixa tarjas pretas dos dois lados de seus vídeos, que não exploram toda a tela.
As imagens exibidas são nítidas e visíveis mesmo com bastante claridade solar, porém ficam um pouco abaixo do apresentado por concorrentes como o Sony Xperia XZ2.
Um fator que diferencia o G7 ThinQ – e talvez seja a maior vantagem do celular – é a caixa de som. Não é o recurso mais atraente de um smartphone, convenhamos, mas ela é excelente. Embora tenha só uma saída para áudio, ela faz um estrago: é mais potente que a outros celulares e capaz de fazer você dispensar uma caixinha daquelas conectáveis por bluetooth.
O único porém é que, por ser só uma saída, ela pode ser bloqueada com facilidade. Não é um grande problema, mas é algo que merece menção.
Se você não quiser ouvir música sozinho, sem compartilhar com os outros, não precisará daquele adaptador tosco exigido pelos celulares mais modernos. O G7 faz parte da resistência dos fones antigos, tendo a entrada usada por milhões há décadas.
Bateria medíocre
Se tem um ponto em que o G7 não se destaca é a bateria. Tive altos e baixos na minha experiência, com a carga indo embora rapidinho em um dia, no qual bluetooth, NFC e localização estavam ligados e consumiram tudo em questão de horas.
Com essas funções desligadas, o celular da LG aguentou um dia com tranquilidade, embora sem um uso muito intenso. Com 3.000 mAh (300 a menos que o G6), ela não é a maior bateria da categoria, mas é capaz de se sustentar por mais de 10 horas com uma utilização moderada, com WhatsApp e redes sociais.
Para carregar, o G7 está na média da concorrência, levando cerca de duas horas para sair do zero ao 100% de carga. Só a Samsung é mais rápida quando o assunto é velocidade nesse sentido.
Outro detalhe que deixou um pouco a desejar, em se tratando de um celular top de linha, foi o desempenho. O celular sofreu algumas travadas em situações de troca de app, especialmente quando estava no modo de economia de bateria. Surpreende, pois o G7 utiliza o Snapdragon 845, processador mais moderno da Qualcomm.
No geral, o G7 está a par da concorrência, devendo um pouco em relação aos celulares que são expoentes em sua categoria. Ele está na mesma faixa de preço do Galaxy S9, oferecendo câmera dupla e um tamanho de tela que o produto da Samsung não tem - o S9+, mais caro, é equivalente. O smartphone da LG não é barato, mas tem um valor compatível com suas especificações técnicas. Quem comprar não irá se decepcionar com o brinquedinho.
Direto ao ponto: G7 ThinQ
Tela: 6,1 polegadas
Sistema Operacional: Android 8 Oreo
Processador: Qualcomm Snapdragon 845
Memória: 64 GB
Câmeras: Dupla de 16 MP (traseira), frontal de 8 MP (frontal)
Dimensões e peso: 153.2 x 71.9 x 7.9 e 162 gramas
Bateria: 3000 mAh
Pontos positivos: câmera boa e versátil, além de som potente
Pontos negativos: bateria medíocre e probleminhas de desempenho
Preço: R$ 3.999
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